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Terça - 17 de Setembro de 2013 às 22:34

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MARCUS VAILLANT

A perícia criminal para apurar as causas do incêndio que atingiu o Departamento Material e Patrimônio (DMP) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso teve início na manhã desta terça-feira (17), quando dois peritos iniciaram a coleta de dados e análise do local. O fogo teve início por volta da meia-noite de sábado (14) e consumiu toda estrutura do DMP, gráfica e arquivo de processos administrativos e históricos do Poder Judiciário de Mato Grosso. O prédio fica localizado na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá.

Responsável pela perícia, Rondon Souza de Oliveira estima que o levantamento de dados no local deve durar pelo menos uma semana. Relata que o trabalho é minucioso e realizado em etapas, incluindo entrevista com testemunhas, funcionários e varredura dos prédios. Para realização do laudo o prazo é de 30 dias, após a coleta de dados. “Vamos tentar identificar se o incêndio foi acidental ou criminoso, por onde começou e como se alastrou. O mais importante é identificar o foco”.

O perito afirma que por enquanto não há nenhuma hipótese do que possa ter ocorrido e as entrevistas e análises de imagens podem possibilitar um direcionamento. “A coleta de informações é feita por etapas, primeiro com relatos de testemunhas, depois com a presença dos funcionários para explicar como funcionavam as atividades”.

Após essa fase, os peritos farão uma varredura detalhada no que restou dos prédios, de camada em camada até chegar ao piso. Rondon destaca que será necessária a retirada do telhado que desabou durante o incêndio. “Essa parte que ruiu deve ser removida para que possamos fazer a garimpagem dos materiais”.

Coordenador militar do TJMT, o coronel Wilson Batista destaca que um servidor foi designado para acompanhar todo trabalho da perícia e auxiliar no que for necessário. Ele garante que o TJMT é o principal interessado em saber o que provocou o fogo e como as chamas consumiram todo material armazenado nos prédios.

O incêndio durou cerca de 15 horas. Um vigilante que estava no local escutou um estrondo vindo do telhado, em uma sala próxima à cozinha, e viu fumaça saindo pelo teto. Em seguida chamou o Corpo de Bombeiros.

Mesmo com o trabalho intenso das equipes, o fogo demorou para ser controlado. Carros do Corpo de Bombeiros e caminhões-pipa trabalharam na ação de combate às chamas. Além da gráfica, o imóvel, de aproximadamente mil metros quadrados, abrigava também o mobiliário do Poder Judiciário de Mato Grosso, como mesas, cadeiras, armários, entre outros móveis que são encaminhados para as comarcas de todo o Estado.





Fonte: A Gazeta

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