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Economia
Domingo - 19 de Setembro de 2010 às 01:15

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As montadoras do ABC, na região metropolitana de São Paulo, ofereceram reajuste salarial de 10,8% para seus funcionários, mas a oferta acabou não sendo aprovada em assembleia dos trabalhadores neste sábado, pois as empresas dividiram reajuste e abono entre este ano e 2011.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, as montadoras da região -Volkswagen, Ford, Toyota, Scania e Mercedes-Benz ofereceram aumento de 9% este ano que seria complementado por mais 1,66% em 2011. A proposta também envolve abono de R$ 2,2 mil dividido em duas vezes, em outubro e novembro.

Os trabalhadores aprovaram o índice de reajuste de 10,8%, mas decidiram exigir o pagamento integral do aumento e do abono retroativo a 1º de setembro, data base da categoria. Com isso, o sindicato poderá fechar acordo "se as montadoras concordarem em unificar o pagamento do abono e aplicar o 1,66% (índice que significa a incorporação do abono de 2009) agora", afirmou a entidade em comunicado.

A negociação do sindicato com as montadoras, encerrada na madrugada deste sábado, envolve ainda metalúrgicos de Taubaté, São Carlos (CGTB-Volks) e Tatuí (Força-Ford). Segundo o presidente do sindicato do ABC, os 10,8% de reajuste mais o abono "representa uma proposta de 14,56% de aumento salarial, o maior índice conquistado pelo sindicato na história categoria".

Reajustes
No interior de São Paulo, na segunda-feira, trabalhadores da fábrica da General Motors em São José dos Campos aprovaram reajuste salarial de 9%, retroativo a 1º de setembro. Já os trabalhadores na base do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região, metalúrgicos em greve das montadoras Toyota e Mercedes-Benz, seguem negociando com cada empresa, depois que os trabalhadores da Honda aceitaram reajuste de 10,5% durante a semana.

No Paraná, metalúrgicos da Renault aceitaram na sexta-feira reajuste salarial de 10,08%, 10% de aumento no piso e abono de R$ 4,2 mil pagos em setembro e outubro. Inicialmente a companhia havia oferecido 7% de reajuste, mas melhorou a proposta após paralisações dos trabalhadores. Na Volkswagen, trabalhadores reunidos em assembleia na manhã deste sábado decidiram decretar "estado de greve pipoca", ou seja, paralisação alternada de turnos a partir da segunda-feira. Durante a semana, a montadora ofereceu 7%, mas a proposta foi rejeitada e a empresa não voltou a propor um novo índice. Com isso, os metalúrgicos da montadora alemã decidirão na segunda-feira se mantêm o atual estado de greve ou se ampliam o protesto para uma paralisação de maior escala.

Na Volvo os metalúrgicos conseguiram 10% de aumento salarial e mais R$ 4,2 mil de abono e voltam a se reunir em assembleia também na segunda-feira para decidir o rumo de mobilização. Os trabalhadores decretaram greve na sexta-feira e ainda tentam melhorar o valor de vale-mercado de R$ 60,00 para R$ 300,00. "Esperamos que até segunda a Volvo apresente um vale-mercado à altura do valor dos seus trabalhadores", afirmou o presidente do sindicato de Curitiba, Sérgio Butka, em comunicado.




Fonte: Terra

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