Operação contra suposto plano de ataque a PMs mata 4 no Rio

Um tiroteio envolvendo policiais militares do 16º Batalhão (Olaria) e bandidos deixou quatro suspeitos mortos na noite de sábado na Cidade Alta, zona norte do Rio de Janeiro. O confronto foi travado depois que os policiais descobriram um suposto plano de traficantes do morro da Mangueira para atacar cabines da PM. Uma moradora da comunidade foi ferida por bala perdida.

As informações sobre os supostos ataques foram levantas por policiais do Serviço Reservado (P-2) do batalhão. De acordo com o setor, traficantes do morro da Mangueira estariam reunidos na Cidade Alta prontos para atacar policiais durante a madrugada. O bando seria comandado por um traficante conhecido como Fofito, chefe do comércio ilegal de drogas na comunidade.

Uma operação foi montada e, por volta da 20h30, os PMs foram até a comunidade. No local, bandidos com armamento pesado e vestidos de preto e de coletes foram surpreendidos. Houve intenso tiroteio e quatro suspeitos foram feridos. Segundo a PM, eles foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiram aos ferimentos. Nenhum deles ainda foi identificado. Priscila da Silva Monteiro, 23 anos, foi ferida por uma bala perdida no tornozelo e levada para a mesma unidade.

Na ação foram apreendidas três granadas, uma submetralhadora 9 mm, duas pistolas - sendo uma calibre 380 e outra 9 mm - um revólver calibre 38, um carregador e uma munição de fuzil calibre 556, 12 munições de pistola 9 mm, 1.093 papelotes de cocaína, 243 pedras de crack, 27 trouxinhas de maconha e 47 frascos de cheirinho da loló. O registro da ocorrência foi feito na 38ª DP (Brás de Pina).

Na sexta-feira, policiais militares foram alvos de bandidos na cidade do Rio. O sargento Leopoldo das Neves Nascimento, de 43 anos, do 18º BPM (Jacarepaguá), morreu após ser alvejado por tiros de fuzil na porta de uma padaria, no bairro do Tanque. Ele foi surpreendido por quatro bandidos quando entrava em uma padaria. O cabo Francis Pereira Mendonça, 32 anos, ficou ferido, além de dois funcionários e um cliente do estabelecimento.

Na tarde do mesmo dia, no Rio Comprido, ocupantes de um táxi atiraram contra uma patrulha do 1º BPM (Estácio), na avenida Paulo de Frontin. Houve perseguição, mas os criminosos fugiram no sentido zona sul do Túnel Rebouças. Ninguém ficou ferido.

Na Avenida Brasil, na altura da Penha, assaltantes que haviam roubado uma moto e foram perseguidos por PMs lançaram uma granada contra a patrulha, no início da noite. Estilhaços do explosivo atingiram a lataria de um ônibus da Viação Jurema e feriram Maciel da Silva, 36 anos, que estava em uma picape.

Na madrugada de sábado, policiais do 17ª BPM (Ilha do Governador) foram atacados a tiros na Praia da Rosa, no bairro bancários, Ilha do Governador, zona norte. Eles faziam um patrulhamento pela região quando dois homens em uma moto passaram atirando. Nenhum policial se feriu, mas o vidro dianteiro da viatura foi destruído.

Por deteminação do comando da PM, o policiamento foi reforçado em todas as áreas dos batalhões da região metropolitana do Rio de Janeiro. As viaturas circularam em comboio com, no mínimo, dois veículos. Policiais também realizaram blitzes em vários pontos, como na saída do Túnel Martim de Sá, que liga o bairro do Catumbi ao Centro, e na avenida Dom Hélder Câmara, na altura de Del Castilho.