Juiz investiga Riva, Silval, Maggi e Eliene por compra de votos

 O candidato à reeleição Silval Barbosa (PMDB), o ex-governador Blairo Maggi (PR), que disputa o Senado, e os candidatos progressistas a deputado estadual e federal José Riva e Eliene Lima, respectivamente, foram denunciados pela prática de suposto crime eleitoral em Juara, onde Riva possui maior representatividade eleitoral. A denúncia contra os políticos foi feita junto a 27ª Zona Eleitoral por meio de um DVD, que mostra movimentos suspeitos num posto de gasolina da cidade. Assim, se for comprovada a veracidade e a contundência das provas, eles podem responder a processo por compra de votos por meio de vale combustível.

 Assim que recebeu a denúncia feita por um eleitor, o juiz da 27ª Zona Eleitoral, Wagner Plaza Machado Junior, determinou realização de busca e apreensão no local. Foram recolhidos documentos contábeis, notas fiscais, requisições de combustíveis, além dos dados do circuito interno de segurança do posto de combustível, que pode revelar se houve ou não esquema de compra de votos no local.

Antes da busca e apreensão, o promotor eleitoral, Paulo Henrique Motta, fez questão de confirmar as informações fornecidas pelo denunciante. Ele constatou pessoalmente a movimentação anormal de simpatizantes e correligionários dos candidatos  e todo o movimento no posto foi registrado por meio de fotografias. O magistrado determinou o registro, por meio de fotos, dos carros que participaram das carreatas realizadas no município. As informações colhidas por Paulo Henrique vão ser comparadas com as imagens do DVD, que contém a denúncia do morador da cidade, além dos documentos apreendidos no posto.

  O juiz Wagner Plaza solicitou ainda um levantamento das informações contábeis de outros postos de combustível da cidade para obter informações que levem a outros eventuais abusos praticados pelos candidatos. Recentemente, inclusive, Riva foi condenado pela Justiça Eleitoral pela suposta prática de crime eleitoral em 2006, quando foi reeleito. Ele jura inocência e tenta reformar a decisão junto ao TSE.