Saúde move ataques a Cabral em debate
A gestão do setor de saúde no Rio centrou os ataques ao governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), candidato à reeleição, no debate da TV Record, na noite de segunda-feira (20). O peemdebista retrucou com ataques aos adversários.
O peemedebista foi questionado sobre suposto superfaturamento na compra de remédios, manutenção de ambulâncias e a morte do menino Fábio de Souza do Nascimento, 14, por falta de um aparelho de oxigênio.
O ataque mais veemente partiu do candidato Fernando Peregrino (PR), que pediu a Cabral que explicasse diretamente à família de Fábio a sua morte.
"O sr gastou R$ 0,5 bilhão em propaganda, foi acusado de superfaturamento de R$ 81 milhões mas deixou o menino Fábio morrer por um aparelho de oxigênio de R$ 520"
O governador não se dirigiu à família do menino e lamentou o uso do caso no debate. Ele, porém, partiu para o contra-ataque. Criticou a gestão do ex-governador Anthony Garotinho, principal padrinho do candidato, na qual, segundo ele, 46% das compras era feita sem licitação. Taxa que, disse o governador, caiu a 4%. Citou ainda o caso do ex-secretário de Saúde, Gilson Cantarino, que foi preso numa operação da Polícia Federal. "É um pouco demais você vir com essa pergunta e comparar os oito anos de governo que o sr representa com o nosso governo".
O deputado Fernando Gabeira (PV) foi mais enfático. Desafiou Cabral a concluir e divulgar a conclusão de inquérito administrativo sobre superfaturamento na compra de medicamentos antes do primeiro turno.
"Me diga quando se pronunciou sobre o caso e por que não divulga o [resultado do] inquérito antes do primeiro turno?", questionou o verde.
No contra-ataque, Cabral vinculou Gabeira ao ex-prefeito do Rio, césar Maia (DEM), que, para ele "faliu a saúde" na capital. "Meu governo abriu inquérito antes da matéria [da TV Globo] ir ao ar. Agora, o sr vai vir falar de saúde? Do PV que participou do governo Cesar Maia... A saúde no Rio sofreu uma intervenção".
Gabeira usou as investigações para apelar por um segundo turno no Estado. "O segundo turno é um pouco mais de tempo para pensar"
D. JOÃO 6º
Até a citação de D. João 6º serviu como ataque ao governador. Cabral afirmou que foi o que mais investiu em saneamento desde a época do representante da família real portuguesa no país. Gabeira o ironizou. "O Lula diz que tudo começou com ele. O Cabral é mais modesto, é só a partir de D. João 6º. Ele tem a faixa dele da história".
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