A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira 15 mandados de condução coercitiva na Operação Mãos Limpas no Amapá. O objetivo seria recolher depoimentos de pessoas sobre desvios que seriam feitos no Estado.
A Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, investiga um esquema de desvio de recursos que envolveria o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias, o ex-governador do Estado Waldez Góes, o ex-secretário de Educação José Adauto Santos Bitencourt, o empresário Alexandre Gomes de Albuquerque e mais 12 pessoas.
O caso
A polícia constatou que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação beneficiavam empresas selecionadas. Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
Foram identificados também desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas Secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.
Os envolvidos são investigados pelas práticas de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha, entre outros crimes conexos.
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