Acompanhado de Antero Paes e Wilson Santos, José Serra promete dar continuidade as obras da Copa 2014 e do PAC, além de investir na construção de estradas, ferrovias e hidrovias
Durante visita a Sinop, Serra garante obras, defende Wilson e critica Silval
O candidato a presidência da Republica José Serra (PSDB) contrapôs as afirmações de adversários políticos de que, se eleito, ele não vai dar continuidade as obras do PAC e da Copa de 2014 em Mato Grosso. “Eu sempre fui um realizador. Nunca construí estradas com salivas. Isso assegura que vou tocar tudo que estiver em andamento não vou parar nada”. As afirmações foram feitas durante visita a Sinop nesta quinta (23).
Na oportunidade, o tucano garantiu que vai executar todos os projetos e ironizou o atraso no inicio de algumas obras no Estado. “Que obra da copa que existe hoje? São eles que só fazem obras por propaganda. Não tem nenhuma obra parada no caminho”, alfinetou José Serra, numa referência ao fato de praticamente nenhuma obra de infra-estrutura voltada aos jogos mundiais ter começado no Estado.
Com a língua afiada, o tucano, que decidiu visitar o Estado para dar um “gás” na campanha do ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) e pedir votos os mato-grossenses, questionou também o fato de algumas obras de ferrovia estarem apenas no papel. “ A ferrovia Centro Oeste, por exemplo, não existe”, salientou.
Aproveitando a deixa, o presidenciável prometeu que vai investir pesado em infra-estrutura, principalmente nas obras necessárias para o escoamento da produção do Estado. Citou como exemplo, a construção da ferrovia que vai ligar Rondonópolis a Cuiabá, além da construção da BR 163 até Santarém, no Pará. “Não é possível que por falta de estradas a produção brasileira fique congestionada. Mato Grosso vem crescendo e precisamos eliminar muitos gargalos do transporte”, analisou.
Além de falar sobre obras de infra-estrutura, o candidato a sucessão Lula questionou os problemas relacionados de fiscalização na fronteira do Estado. Pontuou que em Mato Grosso há mais de 710 quilômetros de fronteiras abertas, onde há pouca fiscalização, por isso, garantiu que vai criar uma guarda nacional para solucionar o problema. “Também vamos combater a exportação de drogas aqui”, frisou.
O ex-ministro da Saúde aproveitou a visita à Sinop para criticar a política de saúde do governador Silval Barbosa (PMDB). Ele fez questão de ressaltar que dois hospitais construídos por ele, em Sinop e Rondonópolis, não funcionam mais. “Isso mostra o descaso do atual governo com a saúde”, cutucou .
Outra questão polêmica que foi abordada pelo presidenciável são as queimadas, que se alastram nas áreas verdes de Mato Grosso. Para ele, falta um maior planejamento por parte dos gestores estaduais para impedir que o Estado perca o controle sobre os focos de incêndios. Para combater o problema, ele defende a criação de uma defesa civil nacional. “Vamos fortalecer esse setor em todo o país. Vamos comprar equipamentos e aviões para combater esses incêndios”, garantiu.
Campanha
Perguntado sobre a pesquisa divulgada pelo Instituto Data Folha, onde Dilma caiu de 51% para 49% e ele, por sua vez, subiu de 27% para 28%, Serra disse que não costuma tecer muitos comentários sobre essas aferições, porque concentra suas energias na busca por votos, por meio do trabalho corpo-a-corpo. “Campanha não é um campeonato, o resultado só sai no dia 3 de outubro”, frisou o tucano, que otimista, tem certeza que vai para o 2º turno com Dilma e que Wilson Santos também vai conseguir o feito de subir nas intenções de votos nestes últimos 10 dias de campanha para também disputar o 2º turno.
Durante visita a Sinop, inclusive, Serra fez questão de pedir votos a todos as pessoas que encontrava, não só para ele, como também para Wilson e para os candidatos ao Senado pela coligação “Jonas Pinheiro”, Antero Paes de Barros e Jorge Yanai. “Mostrando que pensa na população, Serra escolheu um município que possui poucos eleitores, mas que possui muitos problemas para serem resolvidos. Ele veio aqui para dar um gás para mim, Antero e Yanai”, comemora Wilson.
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