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Presidente diz que quem tenta "se servir" do governo pode "enganar" por um tempo, mas depois "cai do cavalo".
Lula ataca ex-ministra Erenice, ex-braço direito de Dilma
Ricardo Stuckert/Divulgação
Lula durante sobrevoo à linha férrea e ao contorno rodoviário na BR-376, em Maringá
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista veiculada ontem pelo portal "Terra", que a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra jogou fora a chance de ser "uma grande funcionária pública no país".
Foi a declaração mais enfática de Lula responsabilizando a sucessora de Dilma Rousseff pelas acusações de tráfico de influência.
"Se alguém acha que pode chegar aqui e se servir, sabe, cai do cavalo. Porque a pessoa pode me enganar um dia, pode me enganar, sabe, mas a pessoa não engana todo mundo todo tempo. E quando acontece, a pessoa perde", disse Lula ao portal.
"O que aconteceu com a Erenice é que ela jogou fora uma chance extraordinária de ser uma grande funcionária pública deste país."
Até então, Lula vinha insistindo na tese de que não haveria provas e responsabilizando a imprensa pelas acusações. Ao "Terra", Lula repetiu os ataques à imprensa.
Erenice deixou o governo após reportagem publicada pela Folha na qual um sócio e um ex-representante da empresa EDRB, de Campinas (SP), acusaram seu filho Israel e um ex-assessor da Casa Civil de pedir R$ 240 mil mais 5% de comissão para agilizar a liberação de um crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para um projeto de energia solar.
O presidente, no entanto, adotou uma posição de cautela diante das acusações. "Eu sempre admito que muitas vezes tem coisas que você tem que investigar."
Ele comparou acusações de corrupção a uma "feijoada", em que "você escolhe o que você quer ali". "Tem coisa que tem dimensão séria, tem coisa que é boato, especulação, tem coisa que não tem profundidade."
Segundo ele, o papel do presidente é, na hora em que é informado, criar uma sindicância e solicitar a abertura de inquérito pela Polícia Federal. "A partir desse momento, o presidente da República fecha a boca, certo? Porque, a partir daí, não pode ter mais nenhuma influência do governo no processo de investigação. Quando tiver resultado, aí você então comunica a sociedade o que aconteceu de fato."
Lula disse acreditar que o caso Erenice não vá influenciar no resultado eleitoral.
"Se essas denúncias são manipuladas eleitoralmente, o povo percebe. Mesmo aquilo que é verdadeiro, o povo percebe. Agora, o povo aprendeu a julgar, isso é uma coisa interessante."
Ele afirmou que a internet tem um "papel extraordinário" para que as pessoas se informem e disse que será um "internauta vigoroso" a partir de 1º de janeiro.
Para ele, o Twitter é uma "escravização" e foco de briga com ministros.
(Folha de São Paulo)
Foi a declaração mais enfática de Lula responsabilizando a sucessora de Dilma Rousseff pelas acusações de tráfico de influência.
"Se alguém acha que pode chegar aqui e se servir, sabe, cai do cavalo. Porque a pessoa pode me enganar um dia, pode me enganar, sabe, mas a pessoa não engana todo mundo todo tempo. E quando acontece, a pessoa perde", disse Lula ao portal.
"O que aconteceu com a Erenice é que ela jogou fora uma chance extraordinária de ser uma grande funcionária pública deste país."
Até então, Lula vinha insistindo na tese de que não haveria provas e responsabilizando a imprensa pelas acusações. Ao "Terra", Lula repetiu os ataques à imprensa.
Erenice deixou o governo após reportagem publicada pela Folha na qual um sócio e um ex-representante da empresa EDRB, de Campinas (SP), acusaram seu filho Israel e um ex-assessor da Casa Civil de pedir R$ 240 mil mais 5% de comissão para agilizar a liberação de um crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para um projeto de energia solar.
O presidente, no entanto, adotou uma posição de cautela diante das acusações. "Eu sempre admito que muitas vezes tem coisas que você tem que investigar."
Ele comparou acusações de corrupção a uma "feijoada", em que "você escolhe o que você quer ali". "Tem coisa que tem dimensão séria, tem coisa que é boato, especulação, tem coisa que não tem profundidade."
Segundo ele, o papel do presidente é, na hora em que é informado, criar uma sindicância e solicitar a abertura de inquérito pela Polícia Federal. "A partir desse momento, o presidente da República fecha a boca, certo? Porque, a partir daí, não pode ter mais nenhuma influência do governo no processo de investigação. Quando tiver resultado, aí você então comunica a sociedade o que aconteceu de fato."
Lula disse acreditar que o caso Erenice não vá influenciar no resultado eleitoral.
"Se essas denúncias são manipuladas eleitoralmente, o povo percebe. Mesmo aquilo que é verdadeiro, o povo percebe. Agora, o povo aprendeu a julgar, isso é uma coisa interessante."
Ele afirmou que a internet tem um "papel extraordinário" para que as pessoas se informem e disse que será um "internauta vigoroso" a partir de 1º de janeiro.
Para ele, o Twitter é uma "escravização" e foco de briga com ministros.
(Folha de São Paulo)
Fonte:
PnB Online
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/85959/visualizar/
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