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Eleições MT 2012
Domingo - 26 de Setembro de 2010 às 13:03
Por: Romilson Dourado

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Josinei Moreira
Ao centro, o mediador Hermano Henning e os candidatos Marcos, Silval, Mauro e Silval, em debate neste sábado
Ao centro, o mediador Hermano Henning e os candidatos Marcos, Silval, Mauro e Silval, em debate neste sábado
O debate neste sábado à noite na TV Rondon (SBT), embora cansativo, insosso e com regras rígidas em seus seis blocos que acabaram deixando os candidatos "engessados", serviu para se ter ideia do que pensam os candidatos a governador às vésperas das eleições. Cada um se manifestou conforme a conveniência. Wilson Santos (PSDB) Mauro Mendes (PSB) e Marcos Magno (Psol) bateram na administração para reforçar o papel de opositores e, ao mesmo tempo, apresentar propostas. Coube a Silval se defender, enaltecer os feitos do governo e reforçar os projetos.

Eles só tiveram oportunidades de discorrer sobre assuntos variados no nomento da apresentação e, depois, nas considerações finais. No mais, foram limitados a comentar, criticar, elogiar ou apresentar projetos e propostas sobre algumas temas e ainda a partir de sorteio. Assim também será na próxima terça, no último confronto, desta vez na TV Centro América (Globo). De todo modo, seguem abaixo algumas observações sobre o rumo da conversa no debate deste sábado dos três principais concorrentes ao Paiaguás.

Mauro Mendes destacou o seu perfil de empresário. Lembrou que mora em Mato Grosso há 30 anos. Observou que, por muito tempo, criticou os políticos e as velhas práticas. Percebeu, então, que estava na hora de entrar nas discussões mais diretamente, como candidato. E assim o fez. Disse que deseja contribuir com o Estado, pensando na qualidade de vida das pessoas. Avisou que, se eleito, vai trabalhar duro para acabar com as filas de dezenas de pacientes que esperam por cirurgia, propõe elevar a educação do Estado para ficar entre as 10 melhores do país, promete gerar cerca de 200 mil novos empregos em 4 anos de mandato e construir mais unidades de saúde.

Destacou ter propostas para melhorar a agricultura familiar, o processo de industrialização. Mendes destacou que acredita no trabalho, na seriedade e na correta aplicação do dinheiro público. Sobre a questão ambiental, ponderou que é preciso cumprir a lei, mas acabar com a burocracia, promete dar atenção a todas as regiões. Disse que as empresas estão sendo massacradas pela política tributária e arrocho da secretaria de Fazenda e que, ao invés desse tipo de prática, pretende buscar diálogo com o segmento. Entende que é preciso cobrar impostos, mas é necessário diálogo e impor limites.

Wilson Santos foi contundente no contraponto a várias ações do governo. Disse que a administração Blairo Maggi e que teve sequência com o seu adversário Silval Barbosa abandonou a Baixada Cuiabana. Promete, se eleito, construir um novo Distrito Industrial em Várzea Grande e expandir o de Cuiabá. Avisa que investirá em infraestrutura e no fortalecimento do comércio, do turismo de natureza e quer um novo zoneamento socioeconômico ambiental. Garante fortalecer a Empaer e lutar pela derrubada do decreto presidencial que proíbe mais de 100 municípios mato-grossense de plantar cana-de-açúcar por causa de questões ambientais. Sugere programa de reflorestamento.

Na saúde, o candidato tucano lembrou que conseguiu ampliar os PSFs no período em que foi prefeito de Cuiabá, justificou a crise que enfrentou no setor, destacou que aumentou salário dos médicos e pregou mais investimentos e construção de hospitais regionais. Cutucou o governo ao enfatizar que não cumpre os 12% mínimos exigidos do orçamento para a saúde, tanto que o Estado deixou de aplicar em um ano mais de R$ 50 milhões na área. Wilson afirma que os detentos vão poder trabalhar, defende a paz no campo porque entende que as pessoas não podem sofrer tanto com o que chama de perseguição. Foi uma referência a produtores e madeireiros, principalmente do Nortão, que foram alvos de algumas operações da Polícia Federal por causa de crimes ambientais. Criticou o governo estadual, para quem não tem planejamento na área ambiental. Disse que é preciso humanizar o capitalismo, acabar com roubalheira e diminuir o déficit habitacional, hoje em 120 mil moradias.

Silval Barbosa afirmou que, se reeleito governador, vai continuar propiciando melhorias em todos setores, com planejamento. Lembrou das obras macro que serão realizadas na Grande Cuiabá, visando a Copa do Mundo de 2014. Prometeu ampliar a atuação da Unemat, que tem sede em Cáceres, construindo campi em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e em outros vários municípios. O peemedebista fez resgaste de obras realizadas no governo Maggi. Lembrou que no primeiro semestre deste ano foram gerados 29 mil novos empregos e prometer ser um "governador que produz resultados".

O candidato afirmou que regiões, como a do Araguaia, estão recebendo infraestrutura nunca vista. Destacou que a gestão Maggi construir 4.560 km de asfalto e que pretende fazer mais 2.670 km, de modo a integrar com pavimentação todos os 141 municípios, com recursos do Fethab e parceria com o governo federal. Disse que lutará pelo avanço da ferrovia para Rondonópolis e Cuiabá. Avisa que deseja federalizar rodovias estaduais, como a MT-100, e asfaltar outras, como a MT-130 e a 020 (Paranatinga-Querência). Fez elogios ao que chama de avanços na educação, lembra da construção de 140 novas escolas e de investimentos de mais de R$ 1 bilhão no setor e promete escolas técnicas. Ao final, Silval agradeceu os candidatos de sua coligação, diz fazer campanha com propostas, lembrou que é parceiro de Maggi desde quando foi deputado e depois vice, faz elogios ao ex-governador e, num recado a Mendes, comentou: "olha, Blairo, não sou traidor!". 




Fonte: RD News

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