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Internacional
Domingo - 26 de Setembro de 2010 às 17:11
Por: ANDREA MURTA

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A pouco mais de um mês de eleições ao Congresso nas quais seu partido deverá sofrer fortes perdas, o presidente dos EUA, Barack Obama, se vê obrigado a encarar o desmonte de parte importante da equipe da Casa Branca.

Desde julho, Obama perdeu dois dos principais conselheiros econômicos, Larry Summers e Christina Romer; o diretor de Orçamento, Peter Orzsag; o "czar" para indústria automotiva; um secretário-assistente do Tesouro; e está prestes a dizer adeus a um ministro chave, o chefe de gabinete Rahm Emanuel.

O momento doméstico delicado -- a desaprovação a Obama ultrapassa 50% em pesquisas- adiciona tensão às defecções, e analistas especulam sobre o impacto no governo e nas eleições.

Para Alexander Keyssar, professor de governo da Universidade Harvard, "as saídas dizem algo sobre a confiança das pessoas em que Obama terá um governo bem sucedido". "Os funcionários tendem a ficar mais tempo em equipes que consideram vencedoras", disse à Folha.

Keyssar não crê, porém, em impacto eleitoral direto. Michael McDonald, analista do instituto Brookings, concorda. "O eleitorado não está prestando atenção nos nomes da equipe, e sim nas decisões macroeconômicas. O que importa é se o desemprego vai cair ou não", disse.

Pelo mesmo motivo, eles não creem que a oposição republicana montará campanha baseada nas mudanças.

Deverão se concentrar em reverter a reforma do sistema de saúde e propagar cortes de impostos, itens de um recente manifesto ao país com propostas para as eleições.

E, para muitos, a abertura de postos dará a Obama a oportunidade de reformular um time desgastado antes de lidar com o Congresso que virá em 2011, provavelmente sem maioria democrata.

Mas a saída de Emanuel será fortemente sentida. "O chefe de gabinete é uma posição muito poderosa. O acesso das pessoas à Casa Branca muda", afirmou McDonald.

Emanuel manifestou interesse em concorrer à Prefeitura de Chicago, e espera-se que saia no próximo mês.

David Axelrod, assessor de Obama e um dos arquitetos de sua vitória em 2008, é outro cotado para sair. Já existe até suposto substituto: David Plouffe, ex-coordenador da campanha à Presidência.





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