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Agronegócios
Segunda - 27 de Setembro de 2010 às 08:23
Por: Wisley Tomaz

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Melhorar a ainda mais a qualidade e classificação do arroz em Mato Grosso, implementar a comercialização e fomentar uma maior integração entre os diferentes setores que compõem a cadeia da rizicultura no Estado foram alguns dos temas discutidos no IV Seminário da Cultura do Arroz de Terras Altas do Estado de Mato Grosso, realizado na última sexta-feira (24) no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). Na avaliação do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - Arroz e Feijão, Carlos Magri Ferreira, que participa do seminário pela terceira vez, o diferencial neste momento é que a Famato está se integrando à cadeia, sentindo a necessidade de se unir de forma mais efetiva neste processo de consolidação do arroz no Estado.

De acordo com Magri, havia uma informação equivocada de que no Brasil o arroz é uma cultura secundária, que felizmente está sendo desmistificada. Além de ocupar papel importante na cesta básica do brasileiro, o grão está se solidificando comercialmente, inclusive como produto de exportação. Levantamentos indicam que é possível trabalhar a rizicultura de forma sustentável.

O Brasil tem produzido arroz em escala comercial em dois agrossistemas: várzea e terras altas. Em função de algumas características, a planta tem melhor desenvolvimento e potencial produtivo em sistemas em que o solo permanece úmido. Dessa forma, o arroz produzido nas várzeas até pouco tempo tinha a preferência. Atualmente, os grãos plantados em terras altas praticamente se igualaram aos das várzeas em relação aos aspectos qualitativos. Assim, os preços têm sido similares, motivo pelo qual o cultivo de arroz em Mato Grosso passou a ser bastante viável de uns tempos para cá.

Os municípios do Vale do Araguaia, região Sul e da Grande Sinop, são os que produzem arroz de maior qualidade no Estado. Contudo, os produtores acabam comercializando a maior parte do produto para estados vizinhos como Goiás, por exemplo, fato que foi um dos temas das discussões no Seminário já que o objetivo é aumentar internamente o consumo do arroz produzido. Segundo o pesquisador, há estudos que informam que 49% das pessoas compram arroz pela marca comercial e, como a maioria do produto vendido aqui sempre veio de estados da região Sul do país, as marcas do arroz produzido no Estado acabam não sendo prestigiadas.

Um dos motivos é instabilidade na produção em Mato Grosso. O produtor rural tem que ser convencido da boa qualidade do produto local e incentivado a investir na cultura. As principais variedades de arroz produzidas em Mato Grosso são primavera, cambará, BRS sertaneja, BRS pepita e BRS monarca. O plantio geralmente é feito no início de dezembro e a colheita em abril.





Fonte: A Gazeta

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