Pesquisadores da Embrapa conhecem pesquisas com pinhão-manso no México
Projeto de cooperação técnica México-Brasil leva pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) ao México para prospecção e seleção de pinhão-manso com potencial de uso industrial. De segunda (27/9) a sexta-feira (01/10), cientistas de ambos os países participam de uma missão técnica, em diversas cidades mexicanas, para conhecer os avanços das pesquisas com pinhão-manso (Jatropha curcas L) e identificar oportunidades específicas de cooperação.
Do Brasil, participam os pesquisadores da Embrapa Agroenergia, Bruno Laviola, da Embrapa Rondônia, Rodrigo Rocha e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Vânia Azevedo. Os pesquisadores irão conhecer todos os centros de pesquisa do Instituto Nacional de Investigaciones Forestales, Agricolas y Pecuarias (INIFAP) que trabalham com pinhão-manso no México.
De acordo com Laviola, estão programadas visitas a plantações com variedades de pinhão-manso nativas do México, a bancos de materiais genéticos e a experimentos com a oleaginosa em diferentes condições ambientais. Além disso, serão visitados plantios comerciais em larga escala e plantas de produção de biodiesel.
A próxima ação do projeto será uma missão técnica do INIFAP ao Brasil para obter informações sobre aspectos agronômicos e genéticos do pinhão-manso, além de conhecer as pesquisas desenvolvidas com esta oleaginosa na Embrapa. Após completar as visitas técnicas, será firmado um contrato de colaboração técnico-científica específica de Jatropha Curcas L entre a Embrapa e o INIFAP.
Este projeto facilitará a colaboração entre as duas instituições, adianta o Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães. “Como resultado, Brasil e México contarão com melhores opções para a produção sustentável do biodiesel”, aposta.
No México existe uma grande diversidade genética de Jatropha curcas L. O INIFAP já iniciou a implantação de um banco de materiais genéticos de diversas zonas agroecológicas do País, como parte do processo de seleção de variedades que tenham potencial para utilização, tanto para a produção de biodiesel, quanto para o aproveitamento da torta como ração animal. Atualmente a utilização para os animais ainda não é possível, por que o pinhão-manso contem ésteres de forbol que o tornam tóxico. Em relação à presença dos ésteres de forbol na torta do pinhão-manso, a Embrapa e o INIFAP estão em busca de materiais genéticos que não contenham os compostos tóxicos.
“A Embrapa tem interesse no intercâmbio de informações sobre os avanços tecnológicos e na seleção de genótipos com estas características. Essa parceria vai trazer benefícios para o Brasil e para o México”, arremata Durães.
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