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Dólar fecha a R$ 1,71; Bovespa valoriza 0,63%
A taxa de câmbio foi mantida no patamar de R$ 1,71, enquanto o mercado prossegue atento à retórica do governo contra uma excessiva valorização do real frente ao dólar. O Banco Central fez hoje um dos seus leilões mais tardios para compra de moeda: às 16h16 (hora de Brasília), após outro às 12h20. Nos dois casos, o BC aceitou ofertas por R$ 1,7098 (taxa de corte).
O dólar comercial foi mantido em R$ 1,710 (valor de venda) nas últimas operações desta terça-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,715 e R$ 1,706. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,830 na venda e por R$ 1,650 na compra.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 0,63%, aos 69.246 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,18 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,46%.
Após dias de declarações "agressivas" do ministro Guido Mantega (Fazenda) contra uma "guerra cambial" dos países, hoje foi a vez do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Segundo o titular do BC, "O Brasil não deve pagar o preço por isso", numa referência à desvalorização das moedas de outros países, o que contribui para fortalecer o real e tirar competitividade das exportações brasileiras.
Em Londres, Meirelles evitou detalhar medidas que podem ser tomadas para enfrentar "a guerra cambial" e sugeriu que o assunto deveria ser debatido na instância do G20, grupo que une as 20 maiores economias do mundo.
Na prática, a autoridade monetária amenizou suas intervenções diárias no mercado de câmbio, pelo menos nesses últimos dias, como indica oscilação das reservas internacionais, que refletem essas aquisições diárias do banco.
Enquanto isso, o mercado continua a ver sinais de que o fluxo de dólares para o país deve continuar expressivo. Votorantim, Braskem e Gerdau são algumas das grandes empresas que captaram ou anunciaram operações para levantar recursos no exterior, aproveitando os níveis historicamente baixos dos juros internacionais.
JUROS FUTUROS
No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas ficaram praticamente estáveis na maior parte dos contratos negociados.
No contrato para novembro deste ano, a taxa projetada manteve o patamar de 10,63% ao ano. No contrato para janeiro de 2011, a taxa prevista permaneceu em 11,66%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa projetada passou de 11,58% para 11,59%.
Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
Fonte:
Folha Online
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