Debate no Amapá poupa governador que foi preso
Na disputa pela reeleição e preso no último dia 10 pela Polícia Federal, o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), foi poupado no debate entre candidatos na noite de segunda-feira.
O governador, que já está em liberdade, não precisou responder a nenhuma pergunta sobre o suposto esquema de cobrança de propina em troca de contrato no governo, que o levou à prisão.
Quem teve de falar sobre o assunto foi Jorge Amanajás (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa.
"A prisão do candidato [tucano] foi pedida, mas não foi concedida. A população está enxergando tudo isso", afirmou Camilo Capiberibe, candidato do PSB.
"Não foi pedida minha prisão", respondeu o tucano em outro bloco do debate.
Até o caso dos atos secretos de 2009 que abalou o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), virou tema do debate.
Inimigo político de Sarney, Capiberibe perguntou a Lucas Barretos (PTB), apontado com líder na disputa, se ele "tem vergonha de ser afiliado" do senador e, em seguida, lembrou que o petebista foi nomeado para o Senado por meio de ato secreto, ou seja, não tornado público.
"O candidato falta com a verdade. Eu não sou candidato do senador Sarney", respondeu Barreto sem, porém, tocar no assunto dos atos secretos.
O debate entre os candidatos começou com o tema sobre saúde, uma das áreas que, segundo a PF, teve desvio de recursos em esquema de corrupção.
Os desvios no governo teriam chegado a R$ 300 milhões, mas os candidatos também não tocaram no assunto.
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