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Eleições MT 2012
Quarta - 29 de Setembro de 2010 às 18:38

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Caiu a máscara! A partir da noite desta terça-feira (28), grande parte da população mato-grossense teve a oportunidade de saber que o empresário Mauro Mendes pagou dívidas fiscais de suas empresas no valor de 12 milhões de reais através da compra com deságio de até 75% de cartas de crédito (os chamados precatórios) que estavam em poder de funcionários públicos, que por força de decisão judicial receberam esse documento do Governo do Estado.

A aquisição dessas cartas de crédito pode ser legal, mas quando se sabe que quem compra – e Mauro é um dos grandes compradores – paga apenas 25% do seu valor de face, se torna imoral e, sobretudo, não condizente com a postura de quem pretende governar Mato Grosso, sob a égide de mudanças no campo da moralidade pública, conforme apregoa Mendes. Ele que já vem sendo acusado pelo TCE de não ter aplicado, conforme determina a lei, recursos oriundos de incentivos fiscais na geração de empregos na proporção dos incentivos recebidos. Uma denúncia, aliás, que ele bem poderia ter aproveitado  o tempo de debate para esclarecer à sociedade sobre fato tão grave.

O debate da noite desta terça-feira, pela TV Centro-América (Rede Globo), fora o fato do governador Silval Barbosa (PMDB) ter sido elegido (a exemplo do que aconteceu em debates anteriores promovidos por outras TVs) como alvo principal dos ataques de Mauro Mendes (PSB) e, principalmente de Wilson Santos (PSDB), serviu para retirar a máscara de Mendes de “paladino” da ética.

Já o governador Silval Barbosa pecou por não ter sido mais incisivo é claro nas respostas às acusações  de desvios de verbas públicas despejadas sobre ele. Perdeu a chance de ter sido mais firme no momento de contrapor aos ataques formulados por Mauro e Wilson.

Também, o telespectador mais atento e informado sobre como estão sendo encaminhadas as articulações políticas em andamento entre Wilson e Mauro, pôde perceber claramente que o tucano desempenhou à perfeição o papel de “laranja” de Mauro Mendes. E como tal, procurou ficar na linha de frente das acusações contra Silval na tentativa de “carimbar” o governador e candidato à reeleição como corrupto. Deixando para o seu agora “parceiro” Mauro Mendes o terreno mais livre para as “propostas”.

Wilson foi perfeito para desempenhar o papel “sujo” no jogo de cartas marcadas entre ele e o candidato do PSB. Porém, como o ex-prefeito de Cuiabá está desacreditado perante a opinião pública, ficou a impressão que a estratégia à la estilo “comitê da maldade” não funcionou.






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