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Política
Quinta - 30 de Setembro de 2010 às 15:08
Por: FELIPE/ LARISSA

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta quinta-feira que jamais foi pautado por questões político-partidárias em suas decisões.

Reportagem da Folha, publicada hoje, revelou que o candidato à Presidência José Serra (PSDB) telefonou na última quarta-feira para o ministro do Supremo por volta das 14h.

No fim daquela tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise) no julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade do PT.

Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar
Presidente do PT minimiza telefonema de Serra a Gilmar Mendes

O partido é contra a exigência de o eleitor ser obrigado a apresentar, no momento do voto, o título e um documento com foto. O PT teme um grande número de abstenção por conta disso.

"Isso improcede em toda a extensão", afirmou o ministro do STF. "Quem me conhece sabe muito bem que jamais me deixei pautar por interesses político-partidários", completou.

Durante o julgamento, que na tarde desta quinta-feira pelo Supremo, Mendes afirmou também que já havia exposto aos seus colegas a preocupação de julgar a ação do PT nas vésperas das eleições.

Ao defender-se, Gilmar Mendes lembrou que o ministro Marco Aurélio pediu vista no julgamento sobre a demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol quando já havia 9 votos.

Na última quarta-feira, Mendes interrompeu o julgamento quando sete ministros haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

"Pedido de vista significa uma necessária pausa para reflexão. Nós temos aqui inúmeros casos em que, após um pedido de vista, mudou-se o rumo do julgamento", argumentou.





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