Casal caiu do coqueiro onde vivia após temporal na cidade de Rio Verde. Ave que sobreviveu está em um clínica veterinária e clube quer adotá-la.
Chuva derruba tronco, mata arara e fere outra; monogâmica, ave ficará sozinha
Um casal de araras foi vítima das fortes chuvas que caíram em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, na última terça-feira (17). Uma delas morreu e a outra ficou ferida depois que o tronco de um coqueiro onde elas vivam, no centro da cidade, foi derrubado pela tempestade que atingiu o município.
O animal que sobreviveu, ainda bastante debilitado, foi levado para uma clínica. Segundo a veterinária Renatta Pereira, elas são da espécie Ara araruna, mais conhecidas como Arara-Canindé. Apesar dos ferimentos e de estar bastante assustada, a ave não corre risco de morte.
"Ela chegou aqui com uma lesão neurológica, devido à queda que sofreu. Por isso ela estava com os movimentos comprometidos e se movia com dificuldades", explicou Renatta ao G1.
Ainda não se sabe se o bicho é um macho ou uma fêmea, pois somente um exame de DNA poderá confirmar o seu sexo. O que já está praticamente confirmado, segundo a veterinária, é que dificilmente ela irá procriar. "Esta espécie de arara é monogâmica e é muito pouco provável que ela volte a se relacionar com um novo parceiro ou parceira", destacou.
A arara permanecerá em observação na clínica até quando precisar de cuidado. Ainda esta semana, ela deve ter alta. De acordo com Renatta, um clube da cidade onde vivem membros da mesma espécie já se prontificou a adotar o animal. "Só vamos contatar o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para ver qual a documentação necessária", salientou.
Em Rio Verde, araras são encontradas com facilidade na Avenida Presidente Vargas, a principal da cidade. Elas costumam fazer ninhos nos troncos velhos das árvores, que ficam no canteiro central da rua.
Imagem mostra uma dasa araras morta e a outra ferida (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)
Chuva
A chuva que caiu em Rio Verde na última terça-feira (17) causou vários estragos na cidade, onde um houve apagão por cerca de 20 horas.
Segundo a Companhia Energética de Goiás (Celg), a falta de energia atingiu mais de 17 mil estabelecimentos, entre casas e comércios, das regiões central e leste da cidade. Ao menos 40 mil pessoas foram prejudicadas. Em certos bairros, a energia ainda não voltou.
O vendaval derrubou uma torre de celular que ainda estava sendo construída. Um outdoor também caiu, mas ninguém ficou ferido. De acordo com os bombeiros, pelo menos vinte árvores caíram na cidade, sendo que a queda de uma delas foi ao pátio de uma escola, mas não havia crianças no local.
Um bar teve o telhado destruído ao ser atingido por um eucalipto. "Para onde é que a gente corria estava caindo coisa, galho, a gente ficou com muito medo", contou o dono do estabelecimento, Aparecido Rodrigues.
Comentários