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Política
Sexta - 01 de Outubro de 2010 às 10:43
Por: Cirilo Junior

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O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) perdeu ação na Justiça contra o general Newton Cruz, chefe do SNI no período entre 1977 e 1983. Maluf contesta afirmação de Cruz de que teria proposto o assassinato de Tancredo Neves, e pedia indenização por danos morais.

Newton Cruz sustenta que, às vésperas da vitória de Tancredo, em 1985, Maluf o procurou em sua casa, e os dois tiveram uma conversa reservada. Nela, o ex-prefeito de São Paulo, que disputava a Presidência, teria sugerido a morte de seu oponente político naquela ocasião.

"Ele veio com uma conversa de que era preciso fazer alguma coisa para evitar que ele tomasse posse", afirmou Cruz, em entrevista para a Globo News, neste ano.

O pedido de Maluf foi negado por unanimidade pelos três desembargadores que compõem a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, órgão de segunda instância.

Para eles, ficou provado que Maluf esteve na casa de Cruz e que os dois tiveram uma conversa a portas fechadas. Inicialmente, Maluf negava ter ido ao encontro do general.

O desembargador relator Fabio Dutra sustentou que, por ter sido uma conversa fechada, vale a palavra de um contra o outro.

Em seu voto, lembrou as acusações de corrupção contra Maluf ao longo dos anos, ao citar que a imagem pública do político "não raramente, está associada a fatos que não lembram a conduta de um cidadão exemplar".

O advogado de Maluf, Sílvio Garrido, disse que vai recorrer da decisão no STJ.

"Há um equívoco na caracterização do dano moral", afirmou.

Advogado do general, Clóvis Sahione disse considerar a decisão judicial "muito fundamentada", por Maluf não ter apresentado meios para derrubar a versão de Cruz.

"O Maluf não disse qual foi o teor da conversa. Primeiro, ele negou que tivesse ido à casa do general, e várias pessoas testemunharam que ele esteve lá. Aí, ele já mentiu. Perdeu a credibilidade", disse o advogado.





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