Rondojnópolis: Justiça proíbe piquetes em banco
Devido a uma ação do Banco Bradesco, a Justiça de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) exigiu o término dos piquetes na porta das agências. O município estava com todas as 16 agências paralisadas, mas devido a liminar conta agora com 14. A estimativa é que outros bancos recorram à solicitação.
Para a juíza da 1ª Vara do Trabalho, Adenir Carruesco, os piquetes (grupo de pessoas que ficam nas entradas para impedir o acesso) não podem ser usados por violar os direitos de outros indivíduos. Caso haja descumprimento da determinação, a multa diária é de R$ 10 mil ao sindicato.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Rondonópolis e da Região Sul, Sebastião Tavares, disse que todos os anos os bancos usam do mesmo método nas greves. Segundo ele, atualmente a liminar cabe apenas para o Bradesco, mas há possibilidade do Itaú fazer o mesmo.
Greve - O representante do sindicato em Mato Grosso, Arilson da Silva, afirmou que mais de 80% das agências da Capital estão paralisadas, o que mostra, para ele, a força do movimento. Ele disse que até a próxima segunda-feira (4) é certo que a greve continuará. No interior, 30 agências estão paralisadas. "Nesse dia, em São Paulo, o comando nacional da greve fará uma reunião para analisar o balanço da paralisação em todo o país. Se a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) quiser negociar, essa é a hora, pois todos estarão reunidos".
Silva disse que o único banco que não está em greve é o Banco Regional de Brasília (BRB), que tem apenas uma agência em Mato Grosso, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá. Ele explicou que o BRB fez reajustes de 7% a 12% (os grevistas querem 11%) no piso salarial e nos benefícios, como vale-refeição, além de aumentar em cerca de 20% o salário dos funcionários do caixa, valor acima da inflação.
Os bancários exigem, além do reajuste, maior segurança nas agências, aumento no auxílio creche, mais contratações, auxílio educação, discussão sobre as metas, entre outros. A greve começou dia 29 de setembro, após assembleia que rejeitou o reajuste de 4,29%.
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