Centro de Inclusão é unidade referência na Educação Especial
O Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) se consolida como unidade de referência em Mato Grosso. Fundado em dezembro de 2007, a unidade, ligada a Gerência de Educação Especial, subordinada a Superintendência de Diversidades Educacionais, atua no processo de qualificação para os profissionais da educação, mas trabalha também com suporte e atendimento às famílias dos portadores de necessidades especiais no intento de acelerar o processo de inclusão social. A unidade conta com 117 profissionais.
Até o fiml do ano, dez treinamentos nas áreas de técnicas de interpretação em Libras, de Altas Habilidades/Superdotação, Transtornos de Aprendizagem, Déficit Intelectual, serão realizados e mais de 120 profissionais da educação serão capacitados.
O Centro instituiu ainda um Núcleo de Convivência que auxilia no atendimento às famílias dos portadores de necessidades especiais. O Casies possui ainda duas equipes multidisciplinares (composta por pedagogos, piscólogos, fisioterapeutas) que visitam as unidades escolares e também prestam atendimento na sede do Casies, que funciona em horário comercial (das 8h às 12h e das 14h às 18h).
“O processo de formação, necessariamente, tem de começar em casa. Jamais poderíamos atuar para a inclusão desconsiderando a influência da família. Ela precisa ter informação. As especificidades devem ser respeitadas”, analisa a diretora do Casies, Délia Claudete Schneider.
A fundamental intervenção da família no processo de aprendizagem pode ser exemplificada pela história da dona de casa Romantielle de Oliveira, 28 anos, e da pequenina Nathália de Oliveira Amorim, de 1 ano e 10 meses. A garota nasceu com má formação cerebral o eu lhe deficiência visual e coordenação motora. Nathália e a sua mãe, uma vez por semana, são atendidas pela professora Regina Célia de Anunciação. “Aqui nós trabalhamos a estimulação essencial, visão, motor, na área afetiva”.
A pequena Nathália vem respondendo de maneira positiva ao acompanhamento, permitindo que ela possa freqüentar sala de aula. Para a mãe, a dona de casa Romantielle de Oliveira, 28 anos, a experiência é gratificante. ‘Já se percebe que ela está mais atenta, consegue identificar sons com mais facilidade”.
A diretora do Casies, Délia Schneider, explica que eixos de trabalho são empregados para a sistematização das atividades desenvolvidas pelo Centro. A primeira delas é quanto ao atendimento. “Ele é especializado e individualizado. Enfrentamos dificuldades já que muitas pessoas desconhecem o atendimento que prestamos e, enquanto isso, a criança perde um período muito rico. Cada mês de uma criança é fundamental”.
O segundo eixo é quanto à produção de material. Acompanhando a premissa do atendimento individualizado, mais uma vez, os materiais são confeccionados (respeitando as especificidades de cada atendimento). Os livros são ampliados, digitalizados, transcritos para o braille. Os profissionais trabalham, inclusive com a produção e confecção de documentários, que servem como estímulo ao processo de ensino aprendizagem.
A formação para gestores, professores, estudantes, comunidade e família faz parte do terceiro eixo de trabalho do Casie. A diretora Délia explica que não existe distinção para o atendimento. “Muitas vezes recebemos pessoas adultas que perderam a visão e que necessitam aprender a leitura em braille, que precisam passar por um processo de readptação’.
Ela cita ainda que dentro do eixo de trabalho de formação os participantes fazem uma espécie de dinâmica para sentirem as experiências dos portadores de necessidades especiais. “É fácil dizer como eu enxergo difícil é ensinar e aprender sob o ponto de vista dos deficientes visuais, por exemplo,”.
O Casies é composto pelo Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP); pelo Centro de Formação de Profissionais da Educação e Atendimento à Pessoa Surda (CAS); Núcleo de Atividades às Altas Habilidades e Superdotação (NAAHS); Núcleo de Apoio Pedagógico aos Transtornos de Aprendizagem (Napta) e pelo Núcleo de Apoio Pedagógico ao Déficit Intelectual (Napdi). A unidade funciona na rua dos Crisântemos, número 16, no bairro Jardim Cuiabá, na capital mato-grossense.
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