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Sábado - 02 de Outubro de 2010 às 17:48
Por: Romilson Dourado

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Um dia antes das eleições, o cerco se fechou contra José Riva (PP), que teve mandato de deputado cassado há dois meses por compra de votos em Santo Antonio de Leverger e tenta novamente cadeira na Assembleia. Após a Ouvidoria Eleitoral receber denúncia anônima sobre suposto crime eleitoral praticado por coordenadores da campanha do ex-deputado, o juiz da 12ª Zona Eleitoral de Campo Verde, Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, determinou busca e apreensão em vários locais no município.

Policiais federais recolheram objetos, combustíveis, dinheiro, vale-combustível, material de propaganda eleitoral, lista de pessoas e veículos. São eventuais provas de crime eleitoral que podem comprometer o cacique do PP, na cota do partido como o mais votado no pleito deste domingo. A Polícia Federal deteve o vereador por Campo Verde, Marcelo Vieira de Moraes (PP).

    O pedido de busca e apreensão foi reforçado pelo Ministério Público. Foi feito "pente-fino" também em diversos outros locais, como mercados, empresas de som, publicidade e posto de gasolina.  De acordo com denúncia, coordenadores da campanha de Riva estariam realizando a distribuição de combustíveis e dinheiro. Pesa ainda a acusação de veiculação de propaganda eleitoral nos carros em troca de votos, o que é proibido pela legislação.  A diligência culminou em apreensões de vários tikets de combustível, agendas, cópias e documentos originais do título de eleitor, lista com nomes de várias pessoas, fotocópias de conta de energia elétrica, blocos de recibo e outros documentos. As investigações foram conduzidas pelo delegado de Polícia Federal, Fernando Vasco Spinelli.

Às 18h - Advogado não vê irregularidade e diz que cabos eleitorais estão registrados

O advogado Lucien Pavoni, um dos assessores jurídicos da campanha a deputado de José Riva, disse que acompanhou todo os procedimentos em Campo Verde e assegura que "não há nada que comprometa em ilegalidade a figura de Riva na campanha". Enfatiza que o vereador Marcelo de Moraes, um dos que mantinham carro-de-som na campanha, foi liberado. Segundo o advogado, foram encontrados pelos agentes federais recibos de pagamento a cabos eleitorais e alguns outros documentos. Ele assegura que tudo está registrado no Tribunal Regional Eleitoral, para onde foi enviada nesta sexta uma lista atualizada dos funcionários contratados para a campanha.

 "A campanha do Riva está 100% dentro da lei". Sobre tickets-combustível, Pavoni explica que trata-se de controle para abastecimento de veículos de pessoas que trabalharam com carro-de-som. "A campanha é movida a combustível. Ninguém estava entregando ticket para eleitor, mas sim para aqueles que trabalharam com carro-de-som".




Fonte: RD News

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