Abicalil e Serys ficam fora depois de se digladiarem na pré-campanha
O deputado federal Carlos Abicalil e a senadora Serys Marly, ambos do PT, não conseguiram êxito nas urnas para os cargos que disputaram nestas eleições. Abicalil ficou em terceiro lugar para o Senado da República, com 533.222 votos - o que corresponde a 18,42% dos votos válidos – enquanto Serys obteve 78.543, ficando na primeira suplência da coligação PT, PMDB, PR.
O desempenho dos dois diminui o poder dos petistas no Congresso Nacional, já que de duas cadeiras (uma de senador e outra de deputado) o partido passa a ter somente uma na Câmara, a ser ocupada pelo ex-secretário de Estado de Educação Ságuas Moraes. Este foi eleito com 88.654 votos, sendo o quarto colocado da coligação.
Ainda não se sabe se o "revés" político de Abicalil e Serys está ligado ao processo que definiu pelo primeiro como candidato a senador, "empurrando" a senadora para a disputa de deputada federal. Porém, como as prévias petistas foi "sangrenta" para ambos, os correligionários de todo o Estado atribuem a isso a derrota.
Desde o ano passado que Abicalil comentava o interesse em disputar o Senado Federal, ao tempo em que Sérys manifestava o desejo de partir para a reeleição. Como não houve consenso, os dois fizeram uma prévia interna – provocada, "na marra", pelo deputado – que homologou a candidatura de Abicalil para senador.
Desde então Serys passou a ‘metralhar’ a candidatura do ‘companheiro’, apontando que ele usou métodos pouco elogiáveis para vencer as prévias. Por vezes também usou do feminismo para jogar as eleitoras contra a candidatura dele, dizendo que “estão podando as mulheres de Mato Grosso na eleição para senador”.
Agora, Abicalil e Serys aguardam o segundo turno presidencial disputado por Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB) para, quem sabe, com eleição de Dilma, conseguirem cargos no governo federal. Outra “luz no fim do túnel” para ambos é serem contemplados pelo governador Silval Barbosa (PMDB) com cargos no primeiro escalão estadual.
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