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Eleições Brasil 2012
Segunda - 04 de Outubro de 2010 às 20:49

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Cercada por aliados, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disparou ataques nesta segunda-feira ao seu adversário José Serra (PSDB) e afirmou que não tem pretensão de atrair o PV, mas que valoriza muito o apoio de Marina Silva.

Dilma afirmou que está disposta a manter a estratégia de comparar os governos Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso porque a eleição presidencial não pode ser transformada em uma disputada de prefeitura de capital.

"Temos que comparar os dois projetos que ocorreram no Brasil. O processo que é modelo de desenvolvimento e o do Fernando Henrique. Não é olhar no retrovisor. Se esse foi o seu governo, quem garante que não irá repeti-lo? Não basta repetir um projeto, não pode transformar a eleição numa prefeitura de capital, com todo respeito, ou uma discussão de ministério. Será isso que será chamado a cada um de nós a apresentar. Os projetos que cada um defende terão que aparecer. Nós nunca podemos esquecer que esse país foi governado pelo PSDB e não pode ser escondido".

Em relação à costura de aliados para o segundo turno, Dilma disse que telefonou hoje para parabenizar Marina. "O PV não é nossa pretensão, mas se quiser é bem-vindo, mas não está nas nossas expectativas. Eu dou muito valor a Marina. Eu respeito a Marina como militante política e acredito que temos mais proximidades do que diferenças. Agora, isso é questão de foro intimo da Marina", disse.

A petista disse que não iria especular sobre o apoio de Marina, mas destacou que vai procurá-la e elogiou a postura dizendo que a candidata verde não partiu para baixaria como Serra.

"É muito evasivo e desrespeitoso [ficar especulando]. Eu liguei para a Marina para cumprimentar. Seria inadequado discutir [segundo turno]. Vamos de fato conversar com ela."

BOATOS

Dilma atribui o segundo turno também aos boatos contra ela nos segmentos religiosos e afirmou que não percebeu antes porque ela e seus aliados estavam inocentes.

"Eu considero que foi feita uma campanha perversa, com inverdades e quem me acusava não aparecia de forma clara. Vamos fazer um movimento com muita tranquilidade no sentido de esclarecer quais são as nossas posições. Fiz uma reunião com religiosos. É nosso interesse, da campanha e meu, continuar com esse debate e esclarecer o máximo possível quais são as nossas posições", disse.

Para Dilma, ela foi vítima de rumores, referindo-se à divulgação na internet de que teria dito que nem Jesus Cristo tiraria sua vitória na eleição e também à circulação da informação verdadeira de que ela defendia a descriminalização do aborto --conforme fez em sabatina na Folha em 2007 e numa entrevista à revista "Marie Claire".

"Nós estamos inocentes e de boa fé e não imaginávamos que esteja sendo construindo um processo do baixo mundo da política, da fofoca que são mentirosos!", disse.

Sobre a presença do presidente Lula na campanha, Dilma evitou precisar qual seria a dose certa.

"O presidente Lula a gente não pode falar em dose. Ele não é propriamente o remédio. É solução para várias coisas. Ele é umas das maiores lideranças do meu partido e do país", afirmou.






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