Flagrado em vídeo, deputado Ary Rigo não se reelege no MS
Flagrado em vídeo relatando um suposto mensalão a autoridades de Mato Grosso do Sul, o deputado estadual Ary Rigo (PSDB) não conseguiu a reeleição no último fim de semana.
Atual primeiro-secretário da Assembleia, Rigo, 63, se elegeu deputado pela primeira vez em 1979 e, desde então, venceu as seis eleições que disputou --cinco para deputado estadual e uma para vice-governador.
Em 2006, quando conquistou o atual mandato, Rigo foi o sexto mais votado no geral, com 34 mil votos.
Neste ano, atingido pela repercussão nacional de suas declarações, conseguiu 20.581 votos e ficou fora da próxima legislatura.
O vídeo, de 32 minutos, veio à tona no dia 22 do mês passado e mostra um conversa entre o deputado e o então secretário de Governo da Prefeitura de Dourados, Eleandro Passaia.
Atuando como infiltrado em um investigação da PF, Passaia levou uma câmera escondida a um encontro com Rigo ocorrido em junho.
Sem saber que estava sendo gravado, Rigo diz, em um trecho, que a Assembleia "devolve" dinheiro para o governador André Puccinelli (PMDB) e ainda faz pagamentos a desembargadores e ao Ministério Público.
"Devolvíamos R$ 2 milhões em dinheiro para o André, R$ 900 para dar para os desembargadores e para o TJ e R$ 300 para o Ministério Público", diz, no vídeo.
Após o vazamento da gravação, negou que estivesse se referindo a repasses irregulares. Puccinelli qualificou como "inverídicas" as afirmações do deputado e disse que o interpelaria na Justiça.
Procurado, o gabinete de Rigo disse que ele estava viajando e não poderia ser contatado.
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