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Terça - 05 de Outubro de 2010 às 21:11
Por: Isa Souza

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Arcanjo, em foto de 2006, quando foi depor na CPI dos Bingos, no Senado Federal
Arcanjo, em foto de 2006, quando foi depor na CPI dos Bingos, no Senado Federal

O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que chefiou o crime organizado em Mato Grosso, continuará por mais 360 dias na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). O pedido foi feito pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso (Sejusp) devido ao prazo de permanência do "Comendador" ter expirado no dia 29 de setembro passado.

Em Mato Grosso do Sul, Arcanjo está desde 2007. A transferência para o Estado vizinho se deu após a Operação Arrego, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, comprovar que o bandido continuava liderando o jogo do bicho dentro da Penitenciária Central de Cuiabá, no bairro Pascoal Ramos.

O entendimento da Sejusp-MT é de que a volta de Arcanjo ao Estado poderia causar uma instabilidade ao sistema, já que o ex-bicheiro é tido como "criminoso de alta periculosidade". De acordo com a pasta, não tanto por uma possível fuga de Arcanjo, mas pela grande articulação que ele ainda possuiria, sua volta não seria "bem-vinda".

Condenação

João Arcanjo Ribeiro foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão, por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, sonegação fiscal e contrabando.

Ele ainda já foi condenado a enfrentar quatro júris populares, por oito assassinatos, mas ainda não foi julgado por nenhum dos crimes contra a vida, por conta dos recursos que utiliza para protelar os júris.

Relembre o caso

João Arcanjo Ribeiro, ex-policial civil, era o líder do crime organizado em Mato Grosso. O título de "Comendador" foi recebido por ele através da Assembleia Legislativa.

Acusado de ser o principal bicheiro de Mato Grosso, de ter sonegado mais de R$ 840 milhões em impostos e de ser o mandante do assassinato do jornalista Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior, então dono do jornal Folha do Estado, em 2003, o mafioso foi preso no Uruguai.

Após um acordo de extradição entre os dois países, o Comendador voltou ao Brasil. Em dezembro do mesmo ano, foi condenado a 37 anos de prisão por formação de organização criminosa, crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

Em 2007, após ser deflagrada a Operação Arrego, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, Arcanjo foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima Federal de Campo Grande (MS).

A operação comprovou que ele continuava liderando o jogo do bicho de dentro a Penitenciária Central de Cuiabá, no bairro Pascoal Ramos.






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