Emprego formal se recupera e cresce 26,4% em agosto
De acordo com o governo, as vagas formais criadas em agosto neste ano tiveram uma alta de 26,4% frente ao mesmo mês de 2012 - quando foram abertos 100.938 empregos com carteira assinada.
Em julho deste ano, foram criadas apenas 41.463 novas vagas formais, uma queda de 70,9% sobre o mesmo mês do ano passado.
Apesar de ter registrado recuperação frente a agosto de 2012, os números oficiais mostram que a criação de vagas, no mês passado, ainda ficou distante do recorde. O melhor resultado para meses de agosto foi registrado em 2010 (+299 mil postos formais). Em agosto de 2011, por sua vez, foram abertas 190 mil vagas com carteira assinada.
Resultado parcial do ano é o pior desde 2009
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, ainda de acordo com informações do Ministério do Trabalho, a geração de empregos formais ultrapassou a barreira de 1 milhão, com a abertura de 1,07 milhão empregos com carteira assinada, informou o governo.
Isso representa, porém, uma queda de 21,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram criadas 1,37 milhão de vagas. É o pior resultado para o período desde 2009, quando foram abertos 842 mil empregos com carteira assinada. O recorde para os oito primeiros meses de um ano foi registrado em 2010 (2,19 milhões de empregos formais abertos).
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2013, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de julho). Os dados de agosto ainda são considerados sem ajuste.
Crise financeira
A queda na criação de empregos formais nos oito primeiros meses deste ano acontece em um momento no qual a crise financeira internacional ainda tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China tem registrado expansão inferior aos últimos anos. Nos Estados Unidos, há sinais de uma pequena aceleração da economia.
No Brasil, por sua vez, o governo adotou uma série de medidas para tentar estimular a economia no ano passado, com reflexos em 2013, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do IOF para empréstimos de pessoas físicas e a desoneração da linha branca e dos automóveis – entre outros.
Entretanto, já teve de reverter algumas medidas – como a queda de juros que prevaleceu em 2012 – para combater a inflação. Neste ano, os juros já subiram em três oportunidades, para 8,5% ao ano. Além disso, a retirada de estímulos ao crescimento nos EUA gerou aumento do dólar no Brasil, em relação ao patamar registrado até maio - quando estava em R$ 2.
Setores da economia
Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos oito primeiros meses deste ano, com 464.668 postos abertos (contra 593.967 no mesmo período do ano passado), ao mesmo tempo em que a indústria de transformação foi responsável pela contratação de 213.292 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a agosto do ano passado, a indústria abriu 185.434 vagas.
A construção civil, por sua vez, regsitrou a abertura 165.197 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a agosto deste ano, contra 256.343 vagas no mesmo período de 2012. Já o setor agrícola gerou 132.003 empregos nos oito primeiros meses deste ano (152.838 no mesmo período de 2012), enquanto o comércio abriu 55.603 vagas formais de janeiro a agosto de 2013 (contra 131.213 vagas abertas nos oito primeiros meses de 2012).
Distribuição geográfica dos empregos
Por regiões do país, ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com 579.332 postos formais abertos nos oito primeiros meses de 2013.
Em segundo lugar, aparece a região Sul, com a abertura de 259.494 vagas com carteira. A região Centro-Oeste, por sua vez, abriu 160.207 postos de trabalho de janeiro a agosto. Já a região Norte criou 44.644 vagas formais nos oito primeiros meses deste ano, enquanto que o Nordeste abriu 32.834 empregos com carteira assinada no mesmo período.
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