Os trabalhadores da educação do estado pararam atividades há 40 dias. Estado havia proposto dobrar o salário dos profissionais até o ano de 2023.
Professores rejeitam proposta do governo de MT e mantêm greve
Os professores e demais trabalhadores da educação na rede pública de Mato Grosso rejeitaram a proposta feita pelo governo do estado, e decidiram, em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira (20), manter a greve, que já dura 40 dias. O secretário de Educação, Ságuas Moraes, informou que essa foi a última proposta por parte do executivo estadual.
Entre as reivindicações dos profissionais, estão reajuste salarial de 10,4% e melhorias nas escolas. Na última quarta-feira (18), o governador Silval Barbosa propôs dobrar o salário da categoria, de forma parcelada, até 2023. O aumento real começaria em maio de 2014, com 5%; no ano seguinte, 6%; em 2016, 7%; e, a partir de 2017, o percentual seria de 7,69%.
A direção do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso) considerou a proposta um avanço, porque até então nada havia sido apresentado pelo estado, mas que não atenderia imediatamente as reivindicações dos profissionais, que querem aumento salarial ainda em 2013. Eles também rejeitaram o pagamento da hora-atividade de forma parcelada (em 3 anos) como foi oferecido pelo governo.
Ságuas Mores se disse decepcionado com a decisão e que vai se reunir com o governador Silval Barbosa para decidir o que vai ser feito em relação à greve.
"Essa é a ultima proposta do estado, é o limite do que o estado pode oferecer. Mais do que isso beira a irresponsabilidade. Foram oferecidos 7%, que é muito próximo do que eles pediram", declarou.
De acordo com o Sintep-MT, mais de 90% dos 35 mil trabalhadores aderiram à greve, que começou o dia 12 de agosto, e foi declarada abusiva pela Justiça. Cerca de 430 mil estudantes sem aula e o ano letivo de 2013 só deve ser finalizado em 2014, sem férias escolares aos alunos.
Revindicações e proposta
Os grevistas pedem ainda mais recursos da arrecadação do estado destinados à educação, aumentando dos atuais 25% para 35%, como prevê a constituição estadual, inclusão da hora-atividade para os professores contratados e posse dos classificados do concurso público realizado em 2010 em Mato Grosso.
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