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Política
Domingo - 10 de Outubro de 2010 às 08:36
Por: Cristiane Gomes

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O polêmico deputado Gilmar Fabris (DEM) disse, em entrevista ao RDNews, não ter dúvidas de que tomará posse como reeleito, embora seus 20.885 votos tenham sido apurados, mas não computados pela Justiça Eleitoral porque foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O democrata está com mandato cassado e só se sustenta no cargo sob liminar do TSE. Seu registro de candidatura não foi deferido pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral. Ele recorreu ao TSE e acabou concorrendo ao pleito sub judice.

Fabris assegura que fez os cálculos e que, se os seus votos forem validados, terá direito a uma cadeira pela coligação DEM-PSDB, que garantiu três vagas, a serem ocupadas pelos democratas José Domigos e Dilmar Dal Bosco e pelo tucano Guilherme Maluf. Pondera que poderia ter conseguido uma votação maior, não fosse a indefinição do julgamento do seu recurso e a exploração pela imprensa do fato de ser considerado "ficha-suja". “Passei quase 60 dias dizendo aos meus eleitores que o voto deles não seriam nulos. Mas, um dia antes da eleição, toda a imprensa de Mato Grosso divulgou que meus votos seriam anulados. Isso confundiu e muito a cabeça do eleitor, mas vamos dar a volta por cima, pois de qualquer forma serei reeleito”, enfatiza o deputado.

Embora Fabris se mostre convicto de que ficaria com uma das vagas, cálculos extra-oficiais apontam que seus votos provocariam dança das cadeiras, mas não garantiriam a ele o retorno aos quadros da Assembleia. Sua votação não é suficiente para entrar como reeleito. Da aliança entre tucanos e democratas, por exemplo, ele teve menos votos que Dilmar, que conquistou 22.284 votos. Gilmar Fabris entraria como primeiro-suplente da coligação. Ele atua na vida pública há praticamente duas décadas. Começou como vereador por Rondonópolis. Exerce o terceiro mandato de deputado e já presidiu a Assembleia.

Os votos do democrata, caso venham a ser válidos, vão beneficiar a coligação PDT-PPS-PSB-PV, que, de três cadeiras, passaria a contar com quatro. Assim, entraria como eleito Pedro Satélite, do PPS. Esse bloco já assegurou cadeiras para Percival Muniz (PPS), Zeca Viana (PDT) e Luciane Bezerra (PSB). Quem ficaria de fora, nesse caso, seria o deputado Jota Barreto (PR), reeleito na sobra pela coligação PT-PMDB-PR.




Fonte: RD News

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