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Economia
Sábado - 21 de Setembro de 2013 às 08:30

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 Os bancários fecharam pelo menos 7.282 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta sexta-feira (20), segundo dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado, de acordo com balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
 
A paralisação atinge mais de 30% das agências. São 36,4% delas, considerando que há 20 mil agências no país, segundo Contraf. Conseiderando a informação da Fenaban, de que são 21.500 agências ao todo, a greve atinge 33,9% . 
 
Foi um crescimento de 18,5% na greve em relação à quinta-feira, quando 6.145 unidades haviam sido fechadas.
 
O balanço foi feito com base nos dados enviados até as 18h pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. "Os bancários pararam até o Centro Administrativo do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco", diz a nota.
 
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse, em nota, que as lideranças sindicais tem tido um calendário próprio para começar de greve, "independente dos espaços de negociação". "A Fenaben lamenta essa posição dos sindicatos, que causa transtorno à população". A entidade diz que os bancos respeitam o direito à greve, mas "farão tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários".
 
Poucas pessoas buscaram atendimento na Caixa Federal da Rua Américo Brasiliense na manhã de sexta-feira (Foto: Adriano Oliveira/G1)
Poucas pessoas buscaram atendimento na Caixa da Rua Américo Brasiliense, em Ribeirão Preto, na manhã de sexta-feira (Foto: Adriano Oliveira/G1)
Greve
Os bancários entraram em greve pelo país por tempo indeterminado na manhã de quinta-feira. Em vários estados, agências já amanheceram fechadas e com faixas nas portas.
 
A categoria aprovou a paralisação por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.
 
Na quarta, os trabalhadores decidiram, em assembleias, como organizar a greve de quinta-feira. Segundo a Contraf, cada sindicato tem autonomia para denifir como faz a greve, mas o objetivo é parar o maior número de agências possível.
 
A paralisação pede maior reajuste salarial, melhores condições de trabalho, aumento do piso, entre outros. De acordo com a confederação, a proposta dos bancos "é inaceitável diante dos seus lucros gigantescos", diz a Contraf.
 
A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.
 
Canais alternativos
 
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a população tem uma série de canais alternativos para a realização de transações financeiras além das agências bancárias.
"Os bancos oferecem aos clientes opções como os caixas eletrônicos, internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes, que são casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados", afirma.
 
Nesta quinta-feira, a Fundação ProconSP deu orientações para os consumidores diante da paralisação. Uma delas diz respeito à obrigação da empresa credora de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos. Também é preciso entrar em contato com a empresa, pedir opções de formas e locais para pagamento e documentar essa solicitação, segundo o Procon.
O que os bancos oferecem
 
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
 
Em posicionamento sobre a paralisação, a Fenaban disse que "tem com as lideranças sindicais uma prática de negociação pautada pelo diálogo, que nos últimos 20 anos evoluiu de forma significativa, resultando numa valorização constante da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT), que a diferencia e a torna única em relação a outras categorias profissionais."
 
Disse, ainda, que últimos anos tem sido recorrente que as lideranças sindicais tenham um calendário próprio para deflagração de greve, independente dos espaços de negociação.
 
"A Fenaban lamenta essa posição dos sindicatos, que causa transtorno à população, e reitera que a maioria das agências e todos os canais alternativos, físicos (autoatendimento, correspondentes) e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente. Os bancos respeitam o direito à greve, entretanto, farão tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários", diz a nota.




Fonte: G1

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