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Terça - 12 de Outubro de 2010 às 10:12
Por: Romilson Dourado

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Fernando Ordakowski
Ex-vereadora Enelinda Scala, senadora e derrotada à deputada Serys e Pagot, do Dnit, lideram carreata pró-Dilma
Ex-vereadora Enelinda Scala, senadora e derrotada à deputada Serys e Pagot, do Dnit, lideram carreata pró-Dilma
Luiz Antonio Pagot passou o primeiro turno das eleições em Mato Grosso conspirando. Esteve com um pé no palanque do governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) e outro no do empresário Mauro Mendes (PSB), segundo colocado nas urnas. Quando cobrado sobre empenho na campanha do peemedebista, de cuja coligação o seu partido (PR) fez parte, Pagot alegava que o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte em Brasília estava tomando muito tempo de sua agenda e que, à medida do possível, estava contribuindo. Nos bastidores, ele se reunia também com Mendes, de quem foi conselheiro político, inclusive um dos responsáveis por motivá-lo a trocar o PR pelo PSB e a sair candidato como terceira via.

Agora, Pagot é Dilma Rousseff desde criancinha. Ele luta por razões óbvias. Quer salvar o emprego. Há mais de dois anos conduz uma das autarquias da União mais cobiçadas. Controla um orçamento de R$ 14 bilhões. Se a petista, empurrada pela máquina e pelo presidente Lula, conquistar a Presidência, Pagot reúne todas as chances de continuar à frente do Dnit. Caso o tucano José Serra vença, o sonho de Pagot vira pesadelo.

Numa campanha desenfreada pela eleição de Dilma, Pagot se juntou com a senadora e candidata derrotada à deputada federal Serys Marli para promover uma carreata em Cuiabá no último domingo à noite. O ato reuniu meia-dúzia de pessoas. No embalo da sanfona da ex-vereadora e petista Enelinda Scala, o trio percorreu a região central da Capital, pedindo voto para a presidenciável. Nesta segunda, véspera do feriado de Nossa Senhora Aparecida, Pagot liderou uma outra carreata, desta vez em Colíder, junto com o prefeito Celso Banazeski (PR).

O curioso é que o ex-governador e padrinho político de Pagot, Blairo Maggi, depois que se elegeu senador, não se mostra mais tão entusiasmado com a candidatura Dilma. Pesa o fato de ser empresário e ter maior afinidade com as propostas de Serra, embora Maggi não admita. Ele esteve reunido com Dilma, em Brasília, na semana passada, mas evitou posar para fotografia ao lado da petista. Não quer se expor, afinal já conseguiu o que desejava neste pleito, que seria a vaga de senador. Maggi não acompanhou Pagot nas carreatas. Colocou o afilhado para pedir votos e ficou na trincheira.




Fonte: RD News

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