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Seguranças confessam que foram orientados a mentir para preservar imagem do estabelecimento
Diretoria do shopping sabia do espancamento de Donnan
MidiaNews/Reprodução
Seguranças confessam que foram orientados a mentir, para poupar a imagem do Goiabeiras
O ex-seguranças Ednaldo Belo e Jorge Nery, acusados de terem participado da morte do estudante Reginaldo dos Santos Donnan, em agosto do ano passado, nas dependências do Goiabeiras Shopping Center, confessaram durante o júri popular que a diretoria do estabelecimento sabia a verdade sobre os fatos que resultaram na morte de Donnan.
Durante o júri, Belo e Nery afirmaram que houve uma recomendação por parte da direção do Goiabeiras, para que não falassem a verdade sobre os fatos que envolveram a morte de Reginaldo, bem como as circunstancias do crime.
Conforme o depoimento dos ex-seguranças, a orientação foi repassada pelo superintendente do estabelecimento na época, Arnaldo Felício dos Santos, durante reunião realizada dias após o crime no escritório do advogado Roberto Cavalcanti, que fazia parte da banca de advogado do Goiabeiras.
Condenação
Reginaldo Donnan foi espancado até a morte, no final de agosto do ano passado. Os acusados pelo crime, Jefferson Medeiros, Ednaldo Belo, Valdenor Moraes e Jorge Nery foram julgados pelo Tribunal do Júri, nesta semana.
Após três dias de julgamento, Medeiros foi condenado a 24 anos e oito meses de prisão, sendo 23 pelo crime de homicídio qualificado e um ano e oito meses por fraude processual.
Belo foi punido com oito anos e seis meses por lesão corporal seguida de morte, quatro anos por denunciação caluniosa e um ano e oito meses por fraude processual. Valdenor e Nery foram absolvidos, e já estão em liberdade, desde a manhã do dia 1° de outubro.
Júri Popular
O julgamento de Medeiros, Belo, Valdenor e Nery teve três dias de duração e foi marcado por revelações. No primeiro dia, foram ouvidas as testemunhas tanto de acusação quanto de defesa, entre elas, funcionários do Goiabeiras Shopping. No segundo dia, houve o interrogatório dos réus, quando ficou esclarecida a participação dos envolvidos no crime.
Belo, Valdenor e Nery mudaram seus depoimentos e contaram tudo que sabiam, inclusive, que foram orientados pela diretoria do shopping a não falar a verdade sobre os fatos, visando a não desgastar a imagem do estabelecimento. Medeiros continuou alegando sua inocência e afirmou que Donnan havia se machucado ao cair da escada.
No último dia, houve o debate entre defesa e acusação. No final da tarde, os jurados se reuniram para definir a condenação. Por volta das 19h de ontem, a sentença foi pronunciada pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o advogado Roberto Cavalcanti confirmou que houve a reunião em seu escritório, mas negou qualquer orientação por parte da diretoria do shopping.
Segundo ele, em nenhum momento os seguranças lhe contaram que haviam agredido Reginaldo com chutes e pontapés. A versão era de que o estudante havia se machucado ao cair da escada e tentado agredir os seguranças com um estilete na sala dos seguranças.
Durante o júri, Belo e Nery afirmaram que houve uma recomendação por parte da direção do Goiabeiras, para que não falassem a verdade sobre os fatos que envolveram a morte de Reginaldo, bem como as circunstancias do crime.
Conforme o depoimento dos ex-seguranças, a orientação foi repassada pelo superintendente do estabelecimento na época, Arnaldo Felício dos Santos, durante reunião realizada dias após o crime no escritório do advogado Roberto Cavalcanti, que fazia parte da banca de advogado do Goiabeiras.
Condenação
Reginaldo Donnan foi espancado até a morte, no final de agosto do ano passado. Os acusados pelo crime, Jefferson Medeiros, Ednaldo Belo, Valdenor Moraes e Jorge Nery foram julgados pelo Tribunal do Júri, nesta semana.
Após três dias de julgamento, Medeiros foi condenado a 24 anos e oito meses de prisão, sendo 23 pelo crime de homicídio qualificado e um ano e oito meses por fraude processual.
Belo foi punido com oito anos e seis meses por lesão corporal seguida de morte, quatro anos por denunciação caluniosa e um ano e oito meses por fraude processual. Valdenor e Nery foram absolvidos, e já estão em liberdade, desde a manhã do dia 1° de outubro.
Júri Popular
O julgamento de Medeiros, Belo, Valdenor e Nery teve três dias de duração e foi marcado por revelações. No primeiro dia, foram ouvidas as testemunhas tanto de acusação quanto de defesa, entre elas, funcionários do Goiabeiras Shopping. No segundo dia, houve o interrogatório dos réus, quando ficou esclarecida a participação dos envolvidos no crime.
Belo, Valdenor e Nery mudaram seus depoimentos e contaram tudo que sabiam, inclusive, que foram orientados pela diretoria do shopping a não falar a verdade sobre os fatos, visando a não desgastar a imagem do estabelecimento. Medeiros continuou alegando sua inocência e afirmou que Donnan havia se machucado ao cair da escada.
No último dia, houve o debate entre defesa e acusação. No final da tarde, os jurados se reuniram para definir a condenação. Por volta das 19h de ontem, a sentença foi pronunciada pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o advogado Roberto Cavalcanti confirmou que houve a reunião em seu escritório, mas negou qualquer orientação por parte da diretoria do shopping.
Segundo ele, em nenhum momento os seguranças lhe contaram que haviam agredido Reginaldo com chutes e pontapés. A versão era de que o estudante havia se machucado ao cair da escada e tentado agredir os seguranças com um estilete na sala dos seguranças.
Fonte:
Da Redação
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/84031/visualizar/
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