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Quinta - 14 de Outubro de 2010 às 16:53
Por: Alexandre Alves

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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) está dando início às atividades visando a construção da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Colíder, que será situada no rio Teles Pires, no município de Colíder (650 km de Cuiabá). A hidrelétrica terá 300 megawatts de potência, suficiente para atender ao consumo de uma cidade com 850 mil habitantes.

Nos próximos dias, equipes de empresas contratadas pela Copel começam a se mobilizar para realizar os levantamentos sociais e ambientais preliminares na área onde será construída a usina, coletando informações necessárias para a obtenção da licença ambiental para instalação do empreendimento.

Os trabalhos compreendem a realização do inventário florestal, cadastro fundiário e socioeconômico dos residentes na região de influência, demarcação da área que será diretamente impactada pela futura formação do reservatório, monitoramento da fauna, monitoramento das condições limnológicas e da qualidade da água do rio Teles Pires e, ainda, prospecção e resgate de sítios arqueológicos.

A concessão para construir e operar a UHE Colíder, primeira de um conjunto de cinco hidrelétricas previstas pelo Ministério de Minas e Energia para serem instaladas ao longo do rio Teles Pires, integrante da bacia do Tapajós, foi arrematada em leilão pela Copel em julho passado. O investimento total é estimado em cerca de R$ 1,26 bilhão e o início de operação da usina está programado para janeiro de 2014.

O sistema de transmissão será formado por uma subestação e uma linha de transmissão com 130 quilômetros de extensão, ambas na classe de tensão de 500 mil volts. As características técnicas da hidrelétrica prevêem a construção de uma barragem no trecho médio do rio Teles Pires, nas proximidades da cidade de Sinop, com 1.270 metros de comprimento na crista e 37 metros de altura máxima.

A estrutura formará um reservatório com superfície total de 172 km2 – sendo 24,7 km2 a área correspondente à calha do rio e 147,3 km2 de área a ser alagada. O represamento vai atingir terras de quatro municípios (Nova Canaã do Norte, onde será instalada a casa de força da hidrelétrica, e mais Colíder, Itaúba e Cláudia), localizados numa região onde a estrutura fundiária é formada predominantemente por grandes propriedades e cuja principal atividade econômica é a pecuária bovina.

Durante a elaboração do EIA/Rima do empreendimento, foram cadastradas, na região de influência direta da Usina Colíder, 86 unidades fundiárias rurais, uma pousada dedicada ao turismo rural e 13 ranchos utilizados para pesca. Também foram identificados seis sítios arqueológicos e cinco áreas de ocorrências arqueológicas.

Embora não existam terras indígenas na área de influência direta da hidrelétrica, os estudos preliminares apontaram a existência de comunidades indígenas pertencentes a quatro diferentes etnias na bacia do rio Teles Pires. (Com informações da assessoria).





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