"O horário de verão é adotado entre a primavera e o verão, quando os dias são mais longos. Sua função é levar a um maior aproveitamento da luz solar, com menor necessidade de uso de iluminação artificial", diz Claude Cohen, professora do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e professora colaboradora do Programa de Planejamento Energético (PPE), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Vão aderir à mudança de horário, segundo o Ministério de Minas e Energia, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.
Desde 2008, a mudança no horário ocorre sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. Na versão 2010/2011 da medida, o horário de verão segue até a 0h de 20 de fevereiro de 2011.
“A expectativa de redução da demanda [de energia] é muito próxima do que ocorreu no horário de verão do ano passado, da ordem, aproximadamente, de 5%", diz o secretário de Energia Elétrica do MME, Ildo Grüdtner, em entrevista coletiva concedida na quinta-feira (14).
Segundo o professor Wagner Costa Ribeiro, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), a economia energética está vinculada à necessidade de usar menos luz artificial. "Há uma economia concreta, e isso é muito bom. É uma necessidade. Alguns estudos apontam, no entanto, que nosso relógio biológico não se adapta tão rapidamente à mudança, por isso é importante ser cauteloso. Nos primeiros dias após a alteração, as pessoas dormem menos, e podem ficar mais dispersas e desatentas", diz ao G1.
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