Garotinho volta a atacar Dilma e Serra e adia decisão sobre apoio
O deputado federal eleito Anthony Garotinho, presidente estadual do PR no Rio, afirmou nesta sexta (15) que seu partido no Estado "não vai fazer o papel da amante" no segundo turno e adiou novamente a decisão de apoiar um dos candidatos das eleições presidenciais.
"Quem quiser o nosso apoio tem que ser público. Tem que sentar, concordar com um programa mínimo e assinar a proposta." disse.
Em uma reunião com correligionários no centro do Rio, Garotinho voltou a atacar a falta de reciprocidade do apoio à candidata petista Dilma Rousseff à sigla no Estado, assim como fez ontem em um encontro na sede do partido.
"O PR emergiu como força política nas eleições no Estado. Eu pensei que agora eles iam nos convidar para a agenda da candidata, mas ela vem para cá e só anda de braços dados com o Cabral."
Na votação sobre a decisão do apoio, houve uma divisão entre os oito deputados federais eleitos, que acompanharam majoritariamente a direção nacional do partido no apoio à Dilma, e a maioria dos nove deputados estaduais eleitos, que resolveram apoiar Serra.
Após o racha inicial, o candidato derrotado ao governo do Rio pelo PR, Fernando Peregrino, propôs uma "neutralidade temporária" até que haja a condição de definirem o apoio "na hora politicamente oportuna."
Apesar da maioria dos militantes e dirigentes dos diretórios se manifestarem à favor do candidato José Serra (PSDB) na reunião, Garotinho afirmou que vai esperar ser procurado pelo tucano.
"Não é uma posição definitiva, mas o partido vai tomar uma decisão. Mas fica difícil apoiar o Serra sem ele pedir formalmente o acordo", afirmou Garotinho, o segundo candidato à Câmara mais votado no país, com 694.862 votos, atrás apenas do correligionário Tiririca (PR-SP).
Entre as exigências para apoio, o PR quer a revisão do 3º Plano de Direitos Humanos.
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