"Eu vejo que Serra tem condições de ganhar essas eleições. Dilma caiu mais um pontinho (em referência à pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, em que a petista aparece com 47%, contra 41% de Serra), e em São Paulo sei que Serra terá uma grata surpresa. (...) Às vezes a gente cai na equívoco de bater no adversário. Eu não acredito nisso. E acho que o PT está errando nisso, fazendo campanha do medo".
Alckmin afirmou que a vitória de Serra seria um momento histórico para o Brasil. "FHC foi um momento histórico, Plano Real, ajudou o pobre e mudou o Brasil. O Lula foi um momento histórico e acredito que Serra também será. O Brasil precisa dele".
A convenção contou com a participação de Guilherme Afif, vice-governador eleito, e Airton Sandoval, primeiro suplente do senador eleito Alosio Nunes (PSDB). De acordo com Sandoval, a ausência de Aloisio Nunes se deu por compromissos partidários: o senador está no Rio de Janeiro em conversa com o PV, partida da candidata derrota Marina Silva.
Marina Silva também foi lembrada por Alckmin. "Essas eleições deixam reflexões. Tivemos um recado nas urnas, que valores e princípios têm pesos. A candidata Marina tinha um tempo pequenininho na TV e conseguiu 20% dos votos".
A vitória de Aloisio foi muito comemorada pelos presentes na convenção, que afirmaram que o senador tucano tem Ministério garantido em um possível governo Serra. Gilberto Nascimento, presidente estadual do PSC, em São Paulo, apresentou o suplente, Airton Sandoval, como "futuro senador". Questionado pelos jornalistas, Alckmin desmentiu a possibilidade e disse que o foco é eleger Serra e não ministros.
Campanha
Bem-humorados e demonstrando bastante otimismo, os aliados de Serra foram enfáticos no pedido de votos e nas críticas à campanha da presidenciável petista Dilma Rousseff. "Estamos empenhados na campanha de Serra. Estamos aqui para ação e união. Vejo que o Serra pode fazer mais, porque o Brasil precisa de instituições fortes, não essa coisa personalista, atrasada", disse Alckmin.
O vice-governador de Alckmin, Guilherme Afif, também fez críticas à campanha do PT. "Na eleição presidencial passamos um sufoco. Aliás, PAC, é plano de aumento de comunicação, eles mais comunicam do que fazem. A estratégia deu errado (apostar na popularidade de Lula). Eles queriam ganhar em esfera nacional e ir para o segundo turno em São Paulo. Acabou o favoritismo".
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