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Política
Sábado - 21 de Setembro de 2013 às 14:59

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 O afastamento do presidente da Câmara de Cuiabá João Emanuel (PSD), que foi destituído pelos 16 vereadores da base governista acusado de prevaricação e retornou ao cargo no último dia 13 por força de liminar, é apenas mais um dos sucessivos escândalos que arranham a imagem do Legislativo cuiabano. Além do social-democrata, todos os ex-presidentes protagonizaram fatos que contribuíram para que a pecha de “Casa dos Horrores” estigmatizasse a instituição.
 
  O antecessor Júlio Pinheiro (PTB), embora não tenha enfrentado acusações de corrupção, protagonizou um escândalo de ordem pessoal. Em abril do ano passado, o petebista foi detido pela PM após ameaçar agredir a esposa com um garfo de churrasco. Embriagado, o petebista também teria jogado pedras contra as vidraças da residência, além de danificar móveis e utensílios domésticos.
 
  Já o ex-presidente Deucimar Silva (PP) responde processo por improbidade administrativa e teve os bens bloqueados pela Justiça em até R$ 3,4 milhões. O progressista, que durante o mandato à frente do Legislativo foi alvo de CP, é acusado de ter superfaturado em R$ 2,9 milhões a reforma do telhado do prédio da Câmara. Além dele, outras três pessoas e a Alos Construtora, que executou o projeto, respondem a processo no Judiciário.
 
  Antes de Deucimar, a Câmara de Cuiabá foi presidida por Lutero Ponce (PMDB), que acabou sendo cassado por improbidade administrativa e deixou a vida pública. Entre as falhas cometidas pelo peemedebista estão compra excessiva de alimentos para o café da manhã dos parlamentares, aquisições de materiais sem licitação e contratação de empresas fantasmas. A investigação da Delegacia de Polícia Fazendária (Defaz) apontou rombo de pelo menos R$ 7,4 milhões. Para piorar sua situação, o TCE ainda determinou que o ex-presidente devolvesse ao erário R$ 2 milhões.
 
  Outra ex-presidente da Câmara que se notabilizou pelos escândalos de corrupção foi Chica Nunes (ex-PSDB, hoje no DEM). Indiciada pela Defaz por formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, falsificação de documento público e coação de testemunha, ela é acusada de ter desviado pelo menos R$ 6,6 milhões. A situação embaraçosa enfrentada pela ex-parlamentar é resultado de denúncias feitas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a partir da constatação de compras inusitadas por parte do Legislativo, como aquisição de 2,4 mil litros de refrigerante, 228 litros de leite, entre outros. Condenada em primeira instância, Chica chegou a ter a prisão decretada pela Justiça, mas escapou de ir para o xilindró, por estar exercendo mandato na Assembleia.





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