Abicalil ganha cargo no governo de Silval
Tão logo foi reeleito, o governador Silval Barbosa (PMDB) tem procurado cumprir a promessa de campanha de fazer uma composição suprapartidária em seu novo mandato, que terá início em janeiro de 2011. Anteontem, durante evento de fortalecimento da campanha de Dilma Rousseff (PT) em Mato Grosso, que contou com a presença do candidato a vice presidente Michel Temer (PMDB), o governador anunciou que iniciará as tratativas assim que passar o segundo turno.
Diante de uma plateia de prefeitos, candidatos eleitos e não-eleitos, Silval Barbosa anunciou que o deputado federal Carlos Abicalil (PT) fará parte de seu governo. O peemedebista enalteceu a figura política do petista e afirmou que sua presença na administração estadual será indispensável. Nos bastidores, comenta-se que Abicalil, que amargou derrota na disputa ao Senado, seria cotado para comandar a secretaria de Educação, atualmente chefiada pela secretária Rosa Neide Sandes de Almeida.
A possível posse de Carlos Abicalil na Seduc não representaria mudança na Pasta, já que o último secretário, Ságuas Moraes (PT), faz parte do seu grupo político e foi eleito deputado federal com sua ajuda. Ságuas ficou licenciado da Assembleia Legislativa para comandar a Pasta. A substituta Rosa Neide também faz parte do grupo de Abicalil.
Embora o governador tenha elogiado apenas a capacidade de liderança da senadora Serys Slhessarenko (PT), informações também dão conta de que a candidata derrotada na disputa à Câmara Federal estaria cotada para assumir a Pasta. As conversas em torno do nome de Serys estão difíceis de evoluir, uma vez que o clima de rivalidade com Carlos Abicalil está longe de acabar.
Mas o deputado federal pode dar um salto maior, caso a candidata Dilma Rousseff (PT) saia vitoriosa na eleição para presidente. Homem de confiança do presidente Lula (PT), Abicalil, embora prefira não comentar sobre o assunto, teria espaço garantido na gestão Dilma. Sua ascensão no governo federal aumentaria a representação mato-grossense em nível nacional, outro plano do governador Silval Barbosa.
O chefe do Executivo antecipa que todas as secretarias estão passíveis de mudança na chefia. Desde já, os 12 partidos que compunham a aliança que ajudou o peemedebista a se reeleger cobram participação na governabilidade. Um dos partidos que devem ampliar a atuação é o próprio PMDB do governador que, atualmente, não conta com nenhum cargo de primeiro escalão.
Comentários