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Política
Sábado - 16 de Outubro de 2010 às 08:01
Por: Ana Rosa Fagundes

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O novo presidente da Agecopa, Yênes Magalhães, explicou as questões de relacionamentos entre diretores
O novo presidente da Agecopa, Yênes Magalhães, explicou as questões de relacionamentos entre diretores

O presidente interino da Agecopa, Yênes Magalhães, revelou ontem que o ex-presidente Adilton Sachetti queria transformar a Agência da Copa em uma secretaria extraordinária por “não concordar em dividir as decisões”. Devido a problemas de relacionamento, Sachetti entregou a presidência da instituição nesta quarta-feira.

Formado por seis diretores e um presidente, a Agecopa, que cuida dos projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, é um órgão colegiado em que todos os diretores têm poder de decisão. Porém, como revela Yenês, os conflitos já começaram desde a instalação da Agência, há 11 meses. “Ele não queria dividir responsabilidade. Todos tinham poder de decisão, mas tudo dependia da autorização dele, já que era o presidente e ordenador de despesa”, disse o novo presidente, eleito por consenso ontem pelo colegiado.

Já Sachetti afirmou ontem, em uma entrevista à TV Centro América, afiliada da Rede Globo, que as decisões passavam por interesses políticos e até individuais. Ele também critica a estrutura da Agência, onde todo mundo decide, mas ele ordena a despesa; se acontecesse algo errado, a culpa seria dele.

As brigas e discussões eram recorrentes. Chegou uma época em que Sachetti era apenas um voto contra os outros seis. Ficou sozinho e isolado. As discussões mais fortes, porém, foram com Yuri Jorge Bastos, diretor de Assuntos Estratégicos.

Segundo Yênes, Sachetti “engavetou” um projeto de lei que dava direito a mais dois diretores também de serem ordenadores de despesa. “A gente podia decidir uma coisa em reunião, mas dependíamos da autorização dele como presidente. Já esperamos meses para dar encaminhamento em algumas questões”, relatou Yênes.

O presidente interino conta que não podia expor essas divergências para não prejudicar a imagem da Agecopa.

Outro ponto de desavença era com relação à abrangência das obras da Copa. Conforme o diretor, Sachetti estava mais focado nas obras especificas para a realização da Copa, como ginásio e segurança, enquanto os outros membros estavam trabalhando para alavancar Cuiabá e região. Como exemplo, Yênes fala do BRT – um corredor exclusivo para ônibus - na Avenida Fernando Correa da Costa. Pela Fifa, esse projeto não era necessário, pois não liga diretamente ao estádio. “São investimentos que seriam feitos na capital, mas num período de 20 a 30 anos. Com a Copa, temos a oportunidade única de conseguir esses recursos em apenas quatro anos, acelerando o crescimento na Baixada Cuiabana”.

O diretor de Planejamento vai acumular o cargo de presidente até o governador fazer nova nomeação para o cargo. Ele já adianta, porém, o perfil que gostaria do novo presidente. “Tem que ser uma pessoa que entenda que aqui ninguém decide nada sozinho. Não é a decisão de uma pessoa só, pois a Agecopa é um órgão colegiado”, disse o diretor.

Recentemente, um vídeo de Yuri recebendo dinheiro vazou na internet. Ele afirma que se tratava de dinheiro para a campanha dele a deputado estadual de 2006.






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