Comando Geral já investigava suposta violência em Rondonópolis; advogada retirou queixa
Coronel PM seria reincidente em agressão à mulher
O comandante do IV Comando Sul da Polícia Militar, em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), coronel Valdivino Tavares Pimentel, já é alvo de um inquérito administrativo, no âmbito da corporação, por suposta agressão física à sua mulher, a advogada Adriana Jesus Carvalho, 29.
É o que revela o Comando Geral da PM, que, em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (18), informa que não é a primeira vez que a advogada denuncia o oficial por agressão.
O coronel Valdivino é acusado de agredir fisicamente e manter sob cárcere privado, por mais de oito horas, no quartel da unidade, a sua mulher Adriana. Conforme reportagem do jornal A Tribuna, o fato teria ocorrido na sexta-feira (15), no gabinete do comandante, no interior do quartel. A mulher alega que ficou sob cárcere privado até as 20h daquele dia, quando, então,teria sido libertada.
Adriana registrou queixa no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc). No depoimento, ela contou que é casada com o coronel há seis anos, não tem filhos e esta teria sido a primeira vez que foi agredida pelo marido.
O oficial a teria agredido com tapas e empurrões, chegando, inclusive, a algemá-la, o que teria provocado ferimentos. A mulher teria, também, desmaiado e, para reanimá-la, o oficial teria jogado água sobre o seu corpo.
Reincidente
Na nota oficial, divulgada por meio da assessoria de imprensa, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, informou que ainda não recebeu oficialmente a denúncia sobre o caso. E que, assim que for comunicado, dará início à apuração dos fatos, com a abertura de um inquérito administrativo.
Farias observou, ainda, que não é a primeira vez que há uma denúncia desta natureza e feita pela própria advogada. A primeira denúncia ocorreu durante a gestão do coronel Campos Filho (2008), que, na época, instaurou procedimento administrativo, mas, como houve a retirada da queixa pela própria Adriana, o processo foi arquivado.
Desta vez, segundo o coronel Farias, se mantida a denúncia, o inquérito será concluído e as medidas administrativas serão tomadas.
Segundo o jornal, Adriana Carvalho disse que vai entregar cópias da queixa, do inquérito e do exame de corpo de delito ao Comando Geral da PM, ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, e ao governador Silval Barbosa, exigindo o afastamento imediato do oficial para que ele seja processado e preso.
Confira a íntegra da nota oficial da Polícia Militar:
"O Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, informa que ainda não recebeu oficialmente a denúncia sobre o caso. E que, assim que for comunicado, dará início à apuração dos fatos, com a abertura de um inquérito administrativo.
O coronel lembra que não é a primeira vez que há uma denúncia desta natureza feita pela advogada Adriana Jesus Carvalho, esposa do então comandante da regional de Rondonópolis, o coronel Valdevino Tavares Pimentel.
A primeira denúncia ocorreu em Cuiabá, ainda no comando geral do coronel Campos Filho que, na época, instaurou procedimento administrativo, mas, como houve a retirada da queixa feita por Adriana o processo foi arquivado.
Desta vez, afirma o coronel Farias, se mantida a denúncia o inquérito será concluído e as medidas administrativas serão tomadas."
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