Deputado federal Carlos Abicalil (PT) garante que a polêmica sobre o aborto foi um crime cometido contra ele durante a campanha eleitoral e e que agora se repete contra Dilma Rousseff
Quando existe guerra santa não há chance de democracia, diz Abicalil
O deputado federal Carlos Abicalil (PT), que saiu derrotado na disputa por uma cadeira no Senado no último dia 3, tentou durante toda a campanha se desvincular da polêmica gerada após sua assinatura num projeto de lei que trata da descriminalização do aborto no país. Agora, porém, assume que uma discussão sobre o tema é necessária no país. "Quando há guerra santa, não há democracia", disparou, numa referência à interferência da igreja na polêmica. O petista foi alvo de duras críticas durante o período eleitoral e, segundo especialistas, perdeu muitos votos por isso.
Abicalil também defende a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), que tem sofrido as mesmas críticas. "A polêmica sobre o aborto foi um crime cometido contra mim e que agora se repete contra a Dilma", afirmou o parlamentar, em referência às peças publicitárias que o acusavam de votar favoravelmente à reabertura da discussão do tema, veiculadas durante a campanha eleitoral.
A declaração do deputado veio depois que entidades religiosas se manifestaram contrárias à candidatura de Dilma alegando que o PT estaria agindo para legalizar o aborto no Brasil. Assim como a propaganda contra Abicalil, estariam circulando recentemente, dessa vez pela internet, vídeos de teor religoso numa tentativa de fazer a petista perder votos neste segundo turno, quando ela enfrenta o tucano José Serra na disputa pelo Palácio do Planalto.
Para Abicalil, a polêmica que se instaurou a respeito do assunto não deve abalar a campanha da ex-ministra da Casa Civil, mas sim as discussões sociais sobre um assunto que é de interesse público. "Essa questão não afeta a campanha da Dilma, afeta a sociedade de modo geral".
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