Presidente nega uso de Empaer na campanha de Silval
O presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Enock Alves dos Santos, nega que o órgão tenha sido utilizado para pedir votos ao governador reeleito Silval Barbosa (PMDB). Por duas horas, ele prestou depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE), nesta segunda-feira (18), e garantiu que os servidores participaram de uma reunião convocada pela diretoria e não de um encontro político com Silval.
A denúncia foi formulada pela Coligação Mato Grosso Melhor Prá Você do candidato derrotado ao governo do Estado, Mauro Mendes (PSB), que também acusa o peemedebista por compra de votos. O socialista e aponta que Silval teria convocado uma reunião política com servidores da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), após o expediente de trabalho.
Apesar de a ação correr em sigilo, o coordenador jurídico da coligação de Silval, advogado Francisco Faiad, disse à imprensa que desconhece o ofício encaminhado à Empaer chamando os funcionários para irem ao comitê do governador, onde também estaria o vice Chico Daltro, deputado federal Carlos Bezerra e Carlos Abicalil (PT).
“Não tem procedência esse documento. Houve convocação por parte da diretoria da Empaer apenas para uma reunião de coordenadores e servidores. Já o outro ofício, desconhecemos”, frisa Faiad.
A sessão de hoje foi suspensa pelo corregedor do TRE, desembargador Márcio Vidal, porque a defesa alegou não ter sido notificada de novas juntadas de documentos na ação feitas pela Procuradoria Regional Eleitoral.
Dessa forma, apenas o presidente da Empaer foi ouvido e outras cinco testemunhas vão prestar esclarecimentos no dia 27 de outubro, às 14h. Foram arrolados Sérgio Mazetto; Calos Luiz Milhomem; Antônio Jesuíno de Oliveira; Gilmar Brunetto e Denise Maria Ávila Gutterrez.
O procurador Tiago Lemos disse que foram anexados à ação fotografias, áudios e documentos do órgão sobre a participação de servidores no ato político, que teria ocorrido no dia 5 de agosto. Ele disse ainda que a denúncia também é por compra de votos e , dessa forma, a ação teve que ser desmembrada passando para as mãos de um dos juízes auxiliares do TRE.
Lemos avalia ainda se tratar de um ato grave e que deverá ser finalizado até novembro. “O ato é grave, se não fosse não estaríamos discutindo no Pleno”, pontua. No próximo dia 27, o presidente da Empaer poderá ser ouvido novamente e, segundo o corregedor Márcio Vidal, o relatório final deverá ser apresentado três dias depois.
Confira abaixo o ofício encaminhado:
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