Sottani foi demitido no dia 20 de agosto e soliticou reconsideração para voltar ao cargo
O ex-delegado Arnaldo Agostinho Sottani fez um pedido de reconsideração contra a decisão do Governo que o expulsou da Polícia Judiciária Civil. A solicitação consta no Diário Oficial do Estado que circulou nesta sexta-feira (20).
A determinação para exonerar Sottani partiu do governador Silval Barbosa (PMDB) no dia 20 de agosto, após procedimento administrativo disciplinar comprovar o envolvimento do policial com roubo de gado em Mato Grosso.
Segundo investigações à época, Sottani não teria investigado o furto de 250 cabeças de gado, na região de Carlinda (762 km ao Norte de Cuiabá), em 2010, por ter, supostamente, recebido propina de um fazendeiro.
O ex-policial justificou o pedido baseando-se no artigo 284 da Lei Complementar nº 407/2010, que diz respeito exatamente à reconsideração, recurso ou revisão.
No caso em questão, é lembrado que a demissão de Sottani se deve ao fato de o delegado “se distanciar das regras de conduta funcional a que estava obrigado a observar”.
Ainda assim, como direito ao recurso, o Diário Oficial indica que o processo do ex-policial será encaminhado para análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
O órgão, inclusive, foi o responsável por emitir recomendações nas quais o governador se baseou para a expulsão do policial.
Antes da exoneração, Arnaldo Agostinho Sottani estava lotado em Alto Garças (357 km ao Sul da Capital).
Ligado ao Estado
A Polícia Judiciária Civil, por meio de sua assessoria de imprensa, garantiu que o ex-delegado Sottani foi notificado logo após a publicação no Diário Oficial do dia 20 de agosto e, desde então, não está no exercício da função.
Ainda assim, a corporação reforçou, que após a decisão do governador Silval Barbosa, um ato de demissão deveria ter sido publicado, o que, até o momento, não ocorreu.
Com isso, apesar de não estar mais trabalhando, Arnaldo Agostinho Sottani continua vinculado ao Estado.
Tráfico de drogas
Além deste procedimento administrativo, o policial já foi investigado por suposto envolvimento com o tráfico de drogas.
Em 2010, como adiantou o MidiaNews, Arnaldo Agostinho Sottani foi preso em Catalão, no Estado de Goiás, pela suspeita de praticar o crime.
Segundo as informações, o Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) da cidade, Sottani estava pilotando um avião, que seria arrendado por um amigo, quando foi abordado pela Polícia.
O grupo policial afirmou que não encontrou droga no local, mas, ainda assim, deu voz de prisão ao delegado de Mato Grosso.
Por falta de provas, em 2012, a Justiça de Goiás absolveu o policial das acusações.
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