Ministro propõe transformar em lei política para salário mínimo
Em reunião com representantes das centrais sindicais nesta terça-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, se comprometeu a negociar um esforço concentrado no Congresso para transformar em lei a política de valorização do salário mínimo, proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por medida provisória.
Pela proposta assinada por Lula, o reajuste considera a inflação do ano anterior àquele em que é dado o aumento e o valor do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores.
O ministro afirmou que vai solicitar o apoio da oposição -- "que às vésperas da eleição fica boazinha, mas que nunca votou a favor desse ganho real dos trabalhadores".
Ele também sinalizou que o percentual de aumento para vigorar a partir de 2011 deve ser revisto, a partir de discussões a serem retomadas após as eleições. A justificativa é o resultado negativo do PIB de 2009, motivado pela crise financeira internacional.
Mais cedo, o ministro já havia defendido a política de ganho real adotada por Lula, prevendo o valor do salário mínimo em R$ 606,98 em janeiro de 2012, pelas regras em vigor.
A afirmação foi uma resposta à promessa do candidato da oposição à Presidência, José Serra (PSDB), de elevar o salário mínimo para R$ 600 já no próximo ano. Lupi defendeu que cabe ao atual governo e ao Congresso Nacional definirem o valor do salário mínimo para o próximo ano.
Apesar de criticar a promessa do tucano, Lupi reconheceu que a discussão é influenciada pelo debate eleitoral.
"É eleitoreiro para os dois lados. Por que para nós é eleitoreiro e para o PSDB não é?", questionou o ministro.
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