Agecopa: Muniz pede explicação de ex-diretor
O deputado estadual Percival Muniz (PPS) quer explicações do ex-presidente da Agecopa, Adilton Sachetti, sobre seu pedido de demissão do cargo. Percival vai encaminhar um requerimento a Sachetti convocando-o para uma sabatina na Assembleia.
Todos os sete membros-diretores da Agecopa passaram por sabatina no Legislativo antes de ser nomeados para os cargos pelo governador. “Nada mais natural ele voltar agora que saiu para dar satisfação, ele tem que mostrar o que tem debaixo desse angu”, disse Percival.
Sachetti entregou o cargo na semana passada. Ele alegou problemas de relacionamento dentro do grupo. As brigas principais aconteceram com o diretor de Assuntos Estratégicos da Agecopa, Yuri Bastos.
Percival, reeleito nesta eleição, já avisou que será um deputado de oposição ao governo e vai fazer de tudo para expor “tudo que pode está baixo do tapete”. Ele foi um dos principais articuladores da candidatura de Maggi em 2002 e agora em 2010 foi o articulador da candidatura de Mauro Mendes (PSB), que não conseguiu chegar ao segundo turno.
Em sua saída, Sachetti também apontou a necessidade de ajustes na estrutura interna e de pessoal na Agência. Havia um desentendimento sobre a autorização de despesas. Todos os diretores tinham poder de decisão, mas só Sachetti autorizava. Os diretores propuseram uma emenda constitucional mudando esse regulamento. Conforme Yênes Magalhães, o presidente interino do órgão, Adilton Sachetti “engavetou” esse projeto.
Os problemas de relacionamento na Agecopa são recorrentes. Há pelo menos seis meses – ainda na gestão Blairo Maggi, responsável pela indicação de Sachetti – começaram as primeiras celeumas internas. Sachetti, que é ex-secretário de Estado e ex-prefeito de Rondonópolis, mantinha relação estreita de amizade com o ex-governador Blairo Maggi, hoje senador eleito pelo PR.
O cargo de diretor-presidente da Agecopa é uma indicação pessoal do governador do Estado, porém, necessariamente, tem que passar pelo crivo da Assembleia Legislativa. O novo presidente será nomeado pelo governador.
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