Novacki volta ao governo como assessor especial

Depois de desempenhar a função de secretário-chefe da Casa Civil no governo Blairo Maggi (PR), o major da Polícia Militar Eumar Novacki volta ao Executivo como assessor especial da mesma Pasta, que atualmente é chefiada pelo secretário Éder Moraes. Ambos tentam encarar o retorno em clima amistoso.

O ato de nomeação nº 5.501/2010 foi publicado no Diário Oficial de anteontem com a assinatura do governador Silval Barbosa (PMDB).

Apesar da proximidade com Blairo, que foi eleito senador, Novacki garante que voltou ao cargo a pedido de Silval, sem interferências do republicano. “Silval me chamou para voltar. Conversei com o Blairo e me coloquei à disposição para ajudar o Silval”, explicou o militar, que também comandou a Secretaria de Comunicação na gestão Maggi. Ele não sabe se continua no staff estadual em 2011, já que o senador Blairo Maggi havia feito convite para trabalhar em seu gabinete em Brasília.

Embora esteja em posição hierarquicamente abaixo de Éder Moraes, Eumar Novacki explicou que Silval Barbosa delegou missões exclusivas a ele. Mesmo assim, não descarta “ajudar” o chefe da Pasta. “Vou ajudar o Silval a fazer todos os encaminhamentos necessários para fechar o ano com tranquilidade. De qualquer forma, aquilo que eu puder fazer para ajudar o Éder estarei fazendo”, complementou.

Éder Moraes avaliou ontem como positiva a volta de Novacki para a secretaria. “Ter dois assessores que já foram secretários é uma honra para mim”, disse Éder, que conta agora com Novacki e João Lacerda em sua equipe, ambos ex-chefes da Casa Civil.

Questionado se não teme que a nomeação do militar represente risco à sua permanência na Pasta, Éder Moraes responde com metáfora. “Quem tem medo de sombra não sai ao sol”, disse.

A renovação no secretariado de Silval Barbosa, prevista para janeiro do ano que vem, aumenta as especulações em torno do nome de Éder e Novacki. Os dois preferem não comentar sobre o assunto, entretanto afirmam que estão à disposição do governador para ajudar na administração.

Especula-se que o segundo será contemplado com a divisão da Secretaria de Justiça e Segurança Pública. Desmembrada, a Secretaria de Segurança Pública continuaria sob o comando do delegado federal Diógenes Curado, enquanto a pasta da Justiça ficaria com Novacki.