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Polícia
Quinta - 21 de Outubro de 2010 às 09:07

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Um casal de bandidos está aterrorizando a vida dos motoristas de táxis da Capital. Pelo menos motorista que trabalham à noite já foram vítimas de um homem e uma mulher bem vestidos. As estatísticas apontam que um taxista é assaltado a cada três dias, apenas em Cuiabá. De primeiro de janeiro a 19 de outubro deste ano, 96 motoristas de táxis já foram assaltados. Alguns estão vivos por milagre.

A violência contra os taxistas, principalmente os que trabalham no período noturno está preocupando, não apenas os profissionais, mas também o Sindicado da categoria. A luta é para que a Polícia aumente a segurança, ou faça alguma coisa para diminuir a violência.

O taxista Adailton Lutz Leite Bispo, de 56 anos, mais de 25 deles dirigindo táxi, é o atual presidente do Conselho Fiscal do Sindicato dos Taxistas de Cuiabá. Ele não esconde a preocupação com os constantes assaltos.

 “Nós estamos sofrendo na pele a falta de segurança. A violência, por sinal, não é de hoje, inclusive com muitas perdas de companheiros no passado. Graças a Deus, apesar dos 96 assaltos registrados este ano, nenhum companheiro perdeu a vida. Só que, a gente precisa lutar para nos fortalecermos ainda mais, pois a violência não para”, alerta Adailton.

Um taxista que trabalha – taxista, ex-chofer de praça, faz ponto como se dizia antigamente -, na região do Shopping Pantanal, está entre as vítimas de uma casal bem vestido, que vem assaltando motoristas.

 “Parei para atender um casal na Avenida Fernando Correa da Costa, ao lado do Shopping Três Américas. Educada, a mulher mandou que eu rumasse em direção ao bairro Santa Rosa. Sem desconfiar de nada, segui em frente. Passando o trevo de acesso da Miguel Sutil para o santa Rosa, ele encostou um revólver na minha nuca e  mandou que eu parasse. Obedeci, dei um celular e mais de 400 reais para eles e fui liberado. Só que, eles saíram e levaram as chaves do carro, deixadas mais adiante”, conta o taxista.

Outro taxista também foi vítima do mesmo casal bem vestido,  e conta que foi solicitado para fazer uma corrida quando transitava pelo bairro Bela Vista, no acesso ao Residencial Terra Nova.

“Nos leva na Morada da Serra. Fui e me dei mal, pois quando chegou no CPA-4 o homem encostou uma revólver na minha nuca. Perdi mais de 500 reais. Eles também levaram as chames do meu carro, mas jogaram mais adiante”, conta.

Também existem casos em que o taxista teve que ter muita sorte e ainda ser muito esperto para não ser assassinado. Eram três bandidos: dois homens e uma mulher, todos bem vestidos. Um deles usava  um revólver e dois estavam armados com facas.

“Eu também estava passando por uma das ruas do bairro Bela Vista que dá acesso ao Terra Nova, quando fui chamado por um casal. Logo em seguida parei para entrar uma terceira pessoa ao lado do Shopping Pantanal e seguimos em direção ao centro. Ao entramos na avenida que dá acesso à Assembleia Legislativa, fui surpreendido com o cano de uma revólver na minha nuca. Lá se foram meus 350 reais de um dia inteiro de trabalho. Só não morri porque parei o carro e sai correndo”, conta o taxista que escapou da morte. (JRT).  
 





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