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Política
Sexta - 22 de Outubro de 2010 às 07:54
Por: Jean Campos

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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraesrtutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot, criticou o discurso de campanha do candidato José Serra (PSDB) no que tange à logística de transportes no país. “Serra está falando muita bobagem do Dnit. Ele é completamente desinformado da questão do transporte”, disse Pagot, que coordena a campanha da petista Dilma Rousseff (PT) em Mato Grosso.

Em entrevista exclusiva ao Diário, antes do primeiro turno da eleição, Serra acusou o governo Lula (PT) de “construir estrada com saliva”. “Tem mais propaganda do que obras. Essa ferrovia leste-oeste, por exemplo, não existe. A BR 163 Cuiabá/Santarém, passaram oito anos e ainda não fizeram. Toda a parte do Pará está sem fazer. A Ferronorte que ficaram falando que vão levar até Cuiabá não levaram. São coisas que eu vou fazer”, prometeu Serra.

Na avaliação de Pagot, o candidato à presidência está equivocado nos comentários. Como exemplo, citou o Rodoanel de São Paulo, obra inaugurada por Serra quando era governador do Estado. Segundo o diretor do Dnit, o governo federal contribuiu com R$ 1,2 bilhão para a obra de infraestrutura. “Quando inaugurou a obra, Serra elogiava o governo. Foi só começar a campanha para ele mudar de posição”, disse o Luiz Pagot.

Outro “equívoco” de Serra, de acordo com ele, diz respeito às rodovias de Minas Gerais. Durante discurso, o candidato do PSDB teria afirmado que não houve avanços nas estradas do Estado então governado por Aécio Neves (PSDB), um de seus principais cabos eleitorais. “A declaração foi um tiro no pé”, classificou Pagot. Conforme explicou, a Medida Provisória número 88 colocou as rodovias sob a responsabilidade do governo estadual que passou a receber recursos para fazer a manutenção. “Mesmo recebendo recursos, o governador do PSDB não cumpriu seu papel. O Dnit acabou fazendo o serviço que seria o Estado”, completou.

Pagot admite que de 1988 a 2004, as rodovias brasileiras não receberam aporte necessário para a manutenção. Contudo defende que o presidente Lula passou a direcionar recursos “reais” para o Dnit promover o plano nacional de recuperação rodoviária. Ele assegura que o plano contemplará 30 mil Km de asfalto até junho de 2011, de um total de 56 mil Km de rodovias que precisam ser revitalizadas.

De acordo com avaliação do Dnit, 13% do pavimento brasileiro está ruim, 50% satisfatório e 37% bom. A situação de Mato Grosso seria 60% bom e 40% ruim. “Esse percentual negativo irá reduzir para 10% até o final do ano em virtude do grande volume de obras no Estado”, garantiu Pagot.

Criticou ainda a proposta do candidato José Serra de duplicar a BR 163 de Cuiabá até Santarém. A proposta vem sendo amplamente explorada no horário eleitoral gratuito. “Isso é um absurdo. Não existe dinheiro em caixa para executar uma obra dessas. O Brasil possui deficiências em outras regiões com maior trafegabilidade e essa proposta acabaria indo para essas localidades”, ponderou Luiz Antônio Pagot.

Ele prefere não comentar sobre a hipótese de permanência no cargo caso Dilma Rousseff vença José Serra no segundo turno. “Tenho compromisso com o presidente Lula até dezembro”, finalizou.






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