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Marina diz que não quer liderar "manada"
"Não acredito em voto de manada." Foi assim que a ex-candidata à Presidência Marina Silva explicou, à Folha, a posição que ela chamou de independente no segundo turno das eleições, apontada por alguns como neutra.
"Não acredito em o político falar: estou indo por aqui, sigam-me. Esses eleitores, por mais que tenham razões específicas, fragmentadas, para terem apoiado a candidatura do Partido Verde à Presidência, têm uma coisa que os une: o voto de opinião, que quer ver avanços na política", completou.
A senadora está animada com o futuro. A curto prazo, Marina tem um plano definido: usará os dois meses de mandato como senadora para lutar contra a mudança proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) no Código Florestal, que, para ela, anistia desmatadores e legaliza propriedades griladas.
A partir de janeiro de 2011, a terceira colocada nas eleições presidenciais decidiu manter a militância partidária e na sociedade. Depois de um período de descanso, que ela define como "breve", quer voltar a estudar.
"Vou escrever a conclusão do curso de psicopedagogia na Argentina com Alice Fernandes." Marina julgou "maravilhosa" a experiência de concorrer ao Planalto, que lhe rendeu novas ideias sobre o país e será matéria-prima para futuros projetos.
Sobre as próximas eleições, ela fala rapidamente: "Não fico de caso pensado estudando ser candidata em 2014. Estou disposta a trabalhar para uma terceira via consolidada, formatada programaticamente, estruturalmente e socialmente para que o Brasil saia da polarização que tanto tem, no meu entendimento, encurtado o alcance da política".
Nos últimos dias, lideranças do PV se dividiram no apoio aos dois candidatos. Marina não vê problema nisso. Diz que é velha a visão de que existiam na mão dela "20 milhões de votos para transferirmos para esse ou para aquele". Ela diz que a sua candidatura recebeu o voto democrático do cidadão que acreditou na sua plataforma, discurso, postura e trajetória.
ATRASO
Marina avalia que a política no Brasil enfrenta um "atraso abissal" que pode levar o país ao retrocesso econômico e social pela atitude dos dois partidos que disputam o segundo turno.
Na conversa com a Folha, Marina criticou a atitude dos candidatos do PT e PSDB ao Planalto, Dilma Rousseff e José Serra. Para ela, os dois poderiam agir "sem a perspectiva puramente da desconstrução um do outro, mas da construção do Brasil".
Os candidatos estariam, na visão dela, perdendo uma hora preciosa do país. "O tempo está passando e os dois candidatos estão com a mesma atitude de não aprofundar as propostas, de não colocar uma visão estratégica do país. Essa é a hora de discutir o Brasil, e de eles dizerem o que pensam sobre economia, política externa, questão social e sustentabilidade, e não com o olho no espelho retrovisor", afirmou.
Apontou um ponto que vê como uma anormalidade dos hábitos políticos brasileiros: "Não dá para querer ser presidente sem apresentar um programa de governo".
Marina criticou os institutos de pesquisas e pediu ajustes metodológicos: "As pesquisas erraram muito no primeiro turno. Se dependesse delas, teria ficado de braços cruzados, pois não passaria dos 8%. A urna revelou algo maior do que os institutos alcançaram. Temos de ter um olhar para as pesquisas como uma contribuição para as próximas eleições".
"Não acredito em o político falar: estou indo por aqui, sigam-me. Esses eleitores, por mais que tenham razões específicas, fragmentadas, para terem apoiado a candidatura do Partido Verde à Presidência, têm uma coisa que os une: o voto de opinião, que quer ver avanços na política", completou.
A senadora está animada com o futuro. A curto prazo, Marina tem um plano definido: usará os dois meses de mandato como senadora para lutar contra a mudança proposta pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) no Código Florestal, que, para ela, anistia desmatadores e legaliza propriedades griladas.
A partir de janeiro de 2011, a terceira colocada nas eleições presidenciais decidiu manter a militância partidária e na sociedade. Depois de um período de descanso, que ela define como "breve", quer voltar a estudar.
"Vou escrever a conclusão do curso de psicopedagogia na Argentina com Alice Fernandes." Marina julgou "maravilhosa" a experiência de concorrer ao Planalto, que lhe rendeu novas ideias sobre o país e será matéria-prima para futuros projetos.
Sobre as próximas eleições, ela fala rapidamente: "Não fico de caso pensado estudando ser candidata em 2014. Estou disposta a trabalhar para uma terceira via consolidada, formatada programaticamente, estruturalmente e socialmente para que o Brasil saia da polarização que tanto tem, no meu entendimento, encurtado o alcance da política".
Nos últimos dias, lideranças do PV se dividiram no apoio aos dois candidatos. Marina não vê problema nisso. Diz que é velha a visão de que existiam na mão dela "20 milhões de votos para transferirmos para esse ou para aquele". Ela diz que a sua candidatura recebeu o voto democrático do cidadão que acreditou na sua plataforma, discurso, postura e trajetória.
ATRASO
Marina avalia que a política no Brasil enfrenta um "atraso abissal" que pode levar o país ao retrocesso econômico e social pela atitude dos dois partidos que disputam o segundo turno.
Na conversa com a Folha, Marina criticou a atitude dos candidatos do PT e PSDB ao Planalto, Dilma Rousseff e José Serra. Para ela, os dois poderiam agir "sem a perspectiva puramente da desconstrução um do outro, mas da construção do Brasil".
Os candidatos estariam, na visão dela, perdendo uma hora preciosa do país. "O tempo está passando e os dois candidatos estão com a mesma atitude de não aprofundar as propostas, de não colocar uma visão estratégica do país. Essa é a hora de discutir o Brasil, e de eles dizerem o que pensam sobre economia, política externa, questão social e sustentabilidade, e não com o olho no espelho retrovisor", afirmou.
Apontou um ponto que vê como uma anormalidade dos hábitos políticos brasileiros: "Não dá para querer ser presidente sem apresentar um programa de governo".
Marina criticou os institutos de pesquisas e pediu ajustes metodológicos: "As pesquisas erraram muito no primeiro turno. Se dependesse delas, teria ficado de braços cruzados, pois não passaria dos 8%. A urna revelou algo maior do que os institutos alcançaram. Temos de ter um olhar para as pesquisas como uma contribuição para as próximas eleições".
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/82973/visualizar/
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