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Polícia
Terça - 26 de Outubro de 2010 às 09:30
Por: ANTONIELLE COSTA

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MidiaNews/Reprodução
Eiko Uemura, que morreu aos 23 anos: depois de espancada, ela foi jogada no Portão do Inferno
Eiko Uemura, que morreu aos 23 anos: depois de espancada, ela foi jogada no Portão do Inferno
O promotor de Chapada dos Guimarães (60 km ao Norte de Cuiabá), César Danilo Ribeiro de Novais, irá analisar, em 15 dias, quais as providências que serão tomadas sobre o caso que envolve o assassinato da estudante Eiko Uemura. A garota foi encontrada morta em abril do ano passado, no Portão do Inferno, na região do Parque Nacional de Chapada.

Conforme o MidiaNews apurou, o inquérito foi relatado pelo delegado responsável pelas investigações, Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após mais de ano investigando o caso. O inquérito foi encaminhado, na semana passada, à Primeira Vara Criminal de Chapada.

No relatório, Pioroni teria solicitado nova prisão dos suspeitos de estarem envolvidos no crime, inclusive, o advogado Sebastião Carlos Araújo do Prado, ex-amante de Eiko.

Desde janeiro passado, o delegado afirma que o caso foi desvendado, mas o resultado das investigações, bem como os autores dos crimes, não foram apresentados à sociedade, conforme anunciava Pieroni, em suas entrevistas coletivas.

O inquérito foi entregue à juíza titular da Primeira Vara de Chapada, Sílvia Renata Anffe de Souza, que, por sua vez, encaminhou o relatório ao Ministério Público Estadual.

Procurado pela reportagem, o promotor César Danilo confirmou o recebimento dos autos e afirmou que irá analisar se solicita novas investigações, oferece denúncia ou arquiva o caso. Ele deverá ainda dar parecer sobre o pedido de prisão dos suspeitos.

Prisão

Por duas vezes, o delegado Pioroni solicitou a prisão temporária de Sebastião Carlos e de mais três suspeitos de estarem envolvidos no assassinado. No entanto, os pedidos foram negados pelo juiz Eduardo Calmon, que, nas ocasiões, substituía a titular da Primeira Vara de Chapada.

O indeferimento teve como base a "ausência de elementos contundentes", uma vez que a prisão temporária deve ser deferida quando há sérios indícios da autoria do crime, ou quando o suspeito atrapalha as investigações.

Entenda o caso

No início das investigações, a Polícia Civil acreditava em suicídio, mas, após exumação do corpo da jovem, que morreu aos 23 anos, ficou comprovado, por meio de perícias e laudos técnicos, que ela foi espancada, torturada e assassinada. Depois, foi jogada no Portão do Inferno.

O caso Eiko Uemura foi marcado por muitas revelações, como o furto de jóias e relógios de luxo, amores secretos, negócios ilícitos e envolvimento em um suposto esquema chefiado pelo tio, o empresário Júlio Uemura, que chegou a ser preso pelo Gaeco.

A estudante era dona da empresa Eikon Atacado de Alimentos, que, segundo o Gaeco, seria utilizada pela Organização Uemura para praticar os crimes. O grupo seria especializado em aplicar golpes financeiros no comércio de Cuiabá e de várias cidades de Mato Grosso.
 





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