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Agronegócios
Sábado - 04 de Janeiro de 2014 às 00:22

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  Tradicional no fim do ano, a romã ganha destaque na mesa dos brasileiros. Um produtor do interior de São Paulo chega a vender a fruta, somente em dezembro, 30% do total da produção. E, para concorrer com a invasão da fruta importada, a solução foi mudar o manejo.


 
– A fruta tem uma magia de trazer sorte. O pessoal deixa secar a semente para colocar na carteira para trazer sorte. E é um excelente fruto que se utiliza no fim do ano – diz Reinaldo Oliveira, permissionário do mercado municipal de São Paulo.


 
Quem procura a fruta já sabe muito bem os motivos. De sabor exótico e potencial nutritivo, a romã também é utilizada como amuleto.


 
– Ela é a mais procurada porque tem uma simpatia que a mulherada gosta de fazer. Tem que chupar sete carocinhos, jogar fora, guardar na carteira. Traz sorte – afirma Hélio Pereira, também permissionário do mercado municipal de São Paulo.


 
No mercado municipal de São Paulo, ela chega a ser vendida a R$ 15 a unidade nacional e a até R$ 40 a importada. Para quem aposta nesse mercado, a preocupação maior é exatamente com a invasão da fruta estrangeira.


 
Gilson Raeder tem uma propriedade em Louveira, interior do Estado. Ele produz o ano inteiro. Mas é o mês de dezembro que representa 30% da comercialização anual. A concorrência com a romã importada é grande, e, para tentar aumentar a qualidade da fruta que produz, ele resolveu mudar o sistema de manejo, o que deu certo. O manejo diferenciado de Raeder começa em março, quando ele faz uma poda mais intensa para reduzir a quantidade de frutos e obter romãs maiores e mais bonitas a partir de setembro.


 
– Essa poda é bastante drástica. Para se ter uma idéia, a altura que a gente deixa a romanceira é de 1,90m. Todos os ramos e galhos são definitivamente eliminados – afirma o produtor.


 
Outra decisão que Raeder tomou foi reduzir a quantidade de romanceiras. Há três anos, ele arrancou metade da plantação. O espaçamento entre as árvores aumentou, o que favoreceu a circulação do ar entre as plantas e conseqüentemente reduziu a quantidade de doenças.


 
– A gente observava a presença de antracnose bem mais, principalmente nesta época. Então, eliminamos as plantas e deixamos espaçamento de oito por oito. O controle da antracnose se tornou bem mais fácil. As frutas que produzimos aqui são praticamente livres de qualquer antracnose em função desse maior espaçamento – diz Raeder.


 
Já sobre os benefícios que a fruta traz, o produtor tem a resposta na ponta da língua.


 
– A fruta é bastante rica em cálcio – afirma, acrescentando que, de acordo com um estudo norte-americano, a fruta faz bem ao coração e reduz a incidência de câncer.





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